Nós éramos taças quebradas
já éramos o resto do vinho
a última dose
insistíamos tanto em sermos mais
quando sabíamos que nada seriamos
alimentávamos o desejo
gritávamos pelo erro
mesmo quando dor era visível
não parávamos até sangrar.
Que seja intenso
sempre precisava ser
o vazio hoje é quase morte
e morro um pouco todo dia.
Por POLIANA SILVA
Curitiba – Paraná, Brasil