No silêncio da noite, surgem questionamentos que ecoam como murmúrios de um povoado perdido entre a tecnologia e a essência humana. Em meio ao brilho artificial, a busca pela perfeição se confunde com a sombra do ego, obscurecendo a verdadeira beleza da alma. Neste cenário de contrastes, surge a inquietante reflexão sobre o sentido de se destacar em meio à multidão, em um mundo onde o valor parece ser medido pelo brilho do ouro e pela taça erguida.
As palavras se transformam em brigas, os gestos em ofensas, e a meritocracia se estende até aos céus, onde a beleza do firmamento se torna um palco para competições vazias. Mas em meio a esse espetáculo de aparências, há um clamor por cura, por reconhecimento mútuo, por amor genuíno. A verdadeira essência humana clama por liberdade dos grilhões da comparação e da busca desenfreada pela superioridade.
Talvez um dia nublado chegue, trazendo consigo a luz da compreensão e o reconhecimento mútuo de nossa humanidade compartilhada. Talvez então possamos nos curar e estender as mãos para aqueles que julgamos fracos, descobrindo que todos anseiam pelo mesmo amor e aceitação. Este é o teatro da vida, onde as cortinas nunca se fecham, mas onde podemos escolher os papéis que desempenhamos com compaixão e autenticidade.
Por PAULA SOUZA