Tentei colocar o céu no papel e cada letra era, infinitamente, menor que as estrelas que o compõe. Se eu não consigo escrever estrelas como poderia poetizar o amor, em toda sua imensidão? Fechei os olhos e, em questão de segundos, estava naquela nossa varanda, a lua era borrão que arranhava o céu e o azul era tão cinza que se fundia ao concreto, ainda assim sorri, me lembrei do dia seguinte e o céu, de repente, era no palato, um grão de açúcar, pequenininho … a sacada é que o amor é bolo de laranja, servido com café quentinho.
Por JÉSSICA SABRINA