PROSA POÉTICA – Artemísia por Rita Queiroz

PROSA POÉTICA – Artemísia por Rita Queiroz

           Estávamos em uma das regiões mais lindas da Bahia, a Chapada Diamantina, onde grutas, morros, cachoeiras, poços encantados fazem parte da paisagem exuberante. Eleger um só lugar dentre tantos feitos pela Natureza Divina seria quase impossível.

            Um desses lugares é o Vale do Capão! De tão perfeito tem um restaurante que se chama “Casa das fadas”.

            Ao entrarmos nesse restaurante, fomos recepcionados por uma criaturinha mais do que extrovertida para os seus cinco anos: Artemísia!

            Artemísia logo nos levou a uma mesa e nos sugeriu o cardápio. Não nos largou até a hora de irmos embora. Baianinha da gema, mas filha de italiano com venezuelana, é uma típica mistura de povos e culturas.

            Artemísia agia como se fosse uma mulher feita, se insinuando para o meu companheiro, que babava de admiração por aquela criaturinha. Ela esticava a barba dele, mexia no cabelo, se jogava em seus braços. Até bailou com ele! E ainda ficava mandando que nos beijássemos! Ela não queria que fôssemos embora, até chorou por causa disso.

            Durante um bom tempo falávamos sobre Artemísia, nome de planta consagrada à deusa Ártemis, pura! Nome de menina cheia de encantos, de magia, de doçura!

            Não voltamos mais a esse lugar! Nos perdemos nas grutas da vida! Nos sabores da Itália brasileira! Nas trilhas diamantinas!

            Por onde andará Artemísia?

Por RITA QUEIROZ

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