Eu acordei seis horas da manhã. Briguei com o meu corpo e com a minha mente para levantar, passando mais 30 minutos em mais uma das minhas brigas matinais. Quem não observa isso com o meu viés, pensa: é só uma pessoa estática olhando para cima. Se soubessem como aquele silêncio era alto, e como ele me desgastava por completo, eu me pegava pensando em ondas de “será”. Será que vale a pena continuar? Será que isso que eu faço todos os dias é uma vida ou uma rotina? E se eu não levantar? O que será que vai mudar? E assim eu me afundo aos poucos… No breve momento em que eu encontro uma chance para escapar dessa “briga silenciosa”, eu me prendo nela. Eu, enfim, me levanto, me libertando temporariamente dessa guerra.
por JAÍRIS CECÍLIA