PROSA POÉTICA – Desarmada por Cacá Matos

PROSA POÉTICA – Desarmada por Cacá Matos

Tudo está vazio. Não vejo nada. Não sinto nada. Somente há dor e desamor. Não escrevo mais como antes. As feridas da vida comprometeram minha escrita. A ansiedade me consome e desgasta meu coração. Ainda há muito o que fazer. Há muito para viver, eu sei. Mas não posso saber até onde conseguirei chegar. Estou cansada e saturada do mal que me cerca. Meus olhos choram e minha alma sangra com o caráter corrupto e maleável do bicho homem.

Não sei mais o que dizer. Minhas linhas não falam mais de amor. Falam de dor e das tristezas que invadem minha mente exausta. É hora de dormir e tentar pensar que amanhã será melhor que hoje e que haverá esperança para um dia próspero e que há pessoas dispostas a lutarem pelo caminho do bem. Carrego minha espada e escudo. Luto dia pós dia, mas agora aposento a caneta e guardo os papéis na gaveta. Estou cansada demais para qualquer coisa…

Por CACÁ MATOS

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