PROSA POÉTICA – Inerente Liquidez por Jeane Tertuliano

PROSA POÉTICA – Inerente Liquidez por Jeane Tertuliano

As pessoas simplesmente seguem adiante e, muitas das vezes, esquecem de comunicar àqueles que sempre estiveram presentes nos momentos mais difíceis. Sem generalização, entretanto, é o que mais tem ocorrido nos relacionamentos que, supostamente fidedignos, se esvaem mais depressa que um suspiro.

Encarar a realidade tal como ela é, não é ser pessimista. Não há mais tempo para sermos ingênuos. Se você escolher continuar na caverna, a cegueira devorará o resquício da ideia que possibilita o questionamento. Tenha bom-senso, colega! Se as relações humanas têm estado deveras fúteis, significa que o mal degenerativo há muito vem corroído a esperança de vislumbrar um amanhã nutrido da bonança erroneamente crida.

Se a mudança não é advinda de nós mesmos, não serão os nós que atamos fragilmente a outrem que nos salvarão da desolação iminente que bate à porta, insistente. Se não houver um encontro genuíno de si, consigo mesmo, o amor almejado jamais será despertado e, posteriormente, aflorado na comunhão de corpos que se unirão não tão somente por desejo.

Por JEANE TERTULIANO

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