Bailarina eu não sou, mas danço com as palavras como se fossem meu par. Elas giram e flutuam ao ritmo do pensamento, com uma leveza que só a poesia sabe transmitir.
No palco do papel, cada verso é uma pirueta, cada ideia um salto gracioso. A dança é invisível, mas não menos mágica; os movimentos se desenham em uma coreografia encantada onde cada frase é uma suave ondulação e cada estrofe um compasso de pura elegância.
As palavras, minhas companheiras de ballet, se entrelaçam em uma sinfonia de emoções. Não há música que se possa ouvir, mas o murmúrio das ideias é minha melodia, e o papel é o chão onde os versos deslizam como se estivessem em um sonho etéreo.
Não há necessidade de aplausos; a verdadeira recompensa é o brilho que emana da alma a cada linha escrita. Cada metáfora é um salto mágico, uma reverência ao universo, enquanto eu, com a caneta como uma varinha encantada, crio um ballet de palavras, onde a beleza e a imaginação se entrelaçam em um espetáculo sublime e infinito.
Por JEANE TERTULIANO