No coração da madrugada, onde as sombras se estendem como memórias esquecidas, o silêncio ergue sua voz sutil. Ele fala na pausa entre os suspiros, nas entrelinhas dos passos solitários e no eco distante de um tempo que não retorna. Em cada recanto, o silêncio se torna uma melodia composta de sentimentos profundos: temores, esperanças e a inquietação de um mundo que se recusa a gritar.
Ao caminhar por ruas desertas, onde a cidade se rende à quietude, é possível ouvir o sussurro dos ventos, contando histórias de amores passados e sonhos inacabados. As paredes antigas, testemunhas silenciosas de tantas eras, guardam segredos em cada rachadura, em cada mancha de luz que se insinua. Aqui, onde os gestos se transformam em poesia, o silêncio fala com a força de mil palavras não ditas.
E assim, em meio à penumbra, a alma se abre para a escuta do invisível, percebendo que cada pausa carrega um convite à reflexão. Em seu murmúrio, o silêncio revela a beleza do incomunicável, permitindo que o ordinário se transforme em eterno, e que cada instante se eternize na magia de simplesmente existir.
Por J.B WOLF