Filomena Sandra Nhancale, nascida aos 7 de fevereiro de 1998, é uma talentosa poetisa e estudante de enfermagem, cuja obra literária começou a ganhar reconhecimento internacional. Um dos seus primeiros lançamentos foi na revista The Bard, onde ela abordou o tema do desperdício da infância com o texto intitulado “Infância Perdida.”Participou de várias coletâneas poéticas, destacando-se com a obra “Entre Balas e Bombas,” que foi lançada no e-book Fragmentos do Tempo.
Participações em Projetos Literários
Filomena é também uma ativa colaboradora em diversos projetos e iniciativas literárias, incluindo:
– Editora CLIT
– Projeto Poetas da Ilusão
– Projeto Caminhos para África
Sua paixão pela literatura e seu envolvimento em projetos culturais refletem seu compromisso em promover a poesia e a expressão artística.
PORTUGUÊS
MAIS UMA VEZ A MESMA HISTÓRIA
Mais uma boca se cala
Vidas inocentes levadas para o ocidente,
Não foi acidente, mas um grito latente
No eco sombrio de um luto profundo,
O advogado caiu, mas não foi em vão,
Dias e Guambe, lutadores do mundo,
Uma pena assassina, a injustiça em ação.
Vinte e cinco tiros, um grito na noite,
Mas não se mata um escritor com balas frias,
Pois a vida pulsa nas páginas de açoite,
E na tinta da caneta, existem nossas vias.
Antes que rasguem a história que contamos,
A resistência se ergue, não estamos sozinhos,
Cada palavra escrita, um pacto que formamos,
A liberdade enraizada nos versos e caminhos.
Finjam demência, roubando nossa alforria,
Mas o espírito da luta nunca pode ser preso,
Na dor e na tristeza, germina a utopia,
Um legado eterno, um futuro que é preciso.
Não se apaga a chama da voz em suspensão,
Enquanto houver um coração batendo em rimas,
Nosso lamento ecoará como canção,
E transformará a dor em armas e climas.
Em cada lágrima derramada por sua partida,
Um chamado à luta, uma busca por justiça,
A memória do justo nunca será esquecida,
A verdade se erguerá, frente à malícia.
DIALETO XONA
IYOYO NYAYA ZVAKARE
Mumwe muromo unonyararwa
Innocent hupenyu hwakaendeswa kuMadokero,
Yakanga isiri tsaona, asi mhere yakanyarara
Mune maungira erima ekuchema kukuru.
Gweta rakadonha, asi hazvina kuita pasina.
Dias naGuambe, varwi venyika,
Chirango chemhondi, kusaruramisira kuchiito.
Makumi maviri neshanu pfuti, mhere mhere usiku,
Asi hauuraye munyori nemabara anotonhora.
Nekuda kwehupenyu kupuruzira mumapeji eshamhu,
Uye muinki yechinyoreso, mune nzira dzedu.
Vasati vabvarura nyaya yatinotaura,
Kupokana kunokwira, hatisi toga,
Shoko rimwe nerimwe rakanyorwa, chibvumirano chatinoumba,
Rusununguko rwakadzika midzi mumavhesi nemakwara.
Kunyepedzera kupenga, kuba rusununguko rwedu,
Asi mweya wekurwa haumbosungwa,
Mukurwadziwa nekusuwa, utopia inomera,
Nhaka isingaperi, ramangwana rinodiwa.
Murazvo wezwi mukukakavadzana haudzimwi.
Chero kuine mwoyo uri kurova mune rhymes,
Kuchema kwedu kucharira serwiyo;
Uye ichashandura marwadzo kuita zvombo uye mamiriro ekunze.
Mumisodzi yese yekubuda kwako,
Kudana kurwa, kutsvaga kururamisira,
Kuyeukwa kowakarurama hakungatongokanganikwi;
chokwadi chichamukira uipi.
Por FILOMENA NHANCALE