SEMEANDO A ESCRITA – O semeador de margaridas: Lamentações de um poeta do passado Por Arnaldo Júlio Barbosa

SEMEANDO A ESCRITA – O semeador de margaridas: Lamentações de um poeta do passado Por Arnaldo Júlio Barbosa

Arnaldo Júlio Barbosa, nascido em 07/11/1918 em Pedro Avelino/RN, é repentista, cordelista, autor, compositor e intérprete. Foi casado com Francisca Dalva de Araújo, tendo 14 filhos e, até o momento, 48 netos, 85 bisnetos e 20 tataranetos. Lançou, aos 105 anos, o livro: “A Jovem Margarida e as Proezas do Amor”, obra originalmente manuscrita em 1947 em forma de cordel, com 143 estrofes em sextilhas e versos metrificados em redondilha maior. Reside em Brasília-DF desde 1959 e se orgulha por ter participado da construção da cidade.

 

Lamentações de um poeta do passado

Quem sempre gostou da gente

Se ausenta de surpresa

Sem deixar uma certeza

Quando volta novamente

De qualquer forma se sente

A grande separação

Pois viver na solidão

É custoso suportar

Melhor seria voltar

Pra dar mais consolação

 

Como foi belo e gostoso

Aqueles dias passados

Vindo de todos os lados

Um olhar meigo e saudoso

Um coração amoroso

Que a cada dia padece

Custou a separar-se

O destino quis assim

Foi tristeza para mim

Ah, se o passado voltasse!

 

Eu fui bastante farrista

Pulei muito em Carnaval

Como eu, não houve igual

Não sei se alguém acredita

Namorar moça bonita

Para mim tudo era fácil

Qualquer uma que chegasse

Ela gostava de mim

Hoje não é mais assim

Ah, se o passado voltasse!

 

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Por ARNALDO JÚLIO BARBOSA

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