Em busca do passado que sorria,
contemplo a tua face e surge o grito:
–Amor, jamais me esqueça, eu necessito
das horas de aconchego e sintonia…
Imploro, quando sinto a nostalgia
do amor que foi perdido no infinito.
Aos poucos, verto a mágoa neste escrito
e crio o anoitecer na aurora fria.
Padeço, ao ver a alcova destruída —
lugar em que a impiedade da saudade
revela o que senti na despedida.
Neste fervor profundo que me invade,
sinto o fulgor no fôlego da vida…
Sou prisioneira desta castidade.
Por Janete Sales Dany
São Paulo – SP