SONETO – Visão Melancólica

SONETO – Visão Melancólica

Em busca do passado que sorria,
contemplo a tua face e surge o grito:
–Amor, jamais me esqueça, eu necessito
das horas de aconchego e sintonia…

Imploro, quando sinto a nostalgia
do amor que foi perdido no infinito.
Aos poucos, verto a mágoa neste escrito
e crio o anoitecer na aurora fria.

Padeço, ao ver a alcova destruída —
lugar em que a impiedade da saudade
revela o que senti na despedida.

Neste fervor profundo que me invade,
sinto o fulgor no fôlego da vida…
Sou prisioneira desta castidade.

Por Janete Sales Dany 

São Paulo – SP

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