Tempo, tempo, meu querido tempo! Como gostaria que me doasse mais tempo, para ter tempo de fazer tudo que preciso! Como queria que o dia durasse 48 horas!
Enfim, assim começa o dia de uma escritora, mãe, dona de casa e profissional.
Melhor parar com os devaneios e me levantar, pois o dia é curto.
Assim começa mais uma semana, são seis da matina, aquele banho quente para despertar o corpo para um novo dia, água para o café já está no fogo, aquele beijinho para despertar a filha. “Vamos minha querida, está na hora da escola!”
O pão de ontem já foi para o forno, aquela torradinha bem no estilo mineiro, não podemos esquecer o queijo.
Uniforme arrumado e bem passado.
“Filhaaaa mamãe já falou que a maquiagem dela não é brinquedo”.
Olho no relógio, droga tempo, me dá um tempo.
O marido acorda sonolento, ainda sem saber que planeta ele habita. Atordoado percebe que a esposa já preparou tudo para o seu dia. Que mulher prendada, onde arruma tempo para tanta coisa.
Aquele café engolido às pressas uma mordida no pão, o beijo de despedida na família e pé no caminho. Na mente cantarolando minha música favorita “… Aquele trabalho de equilibrista… Ela é muitas se você quer saber… Ganha menos que o namorado e não entende por que…”
Olho mais uma vez para o relógio, droga, vou me atrasar de novo!
Aí tempo, meu querido tempo, como gostaria de ter mais tempo…
Crônica escrita em 05 de agosto de 2021.
Aqui usei a crônica para descrever como é um dia de mãe, também me encaixo bem nesse perfil, mulher sempre atarefada, atrasada, pensando em todos e deixando a si mesma por último.
Por isso escolhi a crônica! Representa acima de tudo essa agilidade. Conseguimos passar uma mensagem em poucas palavras; posso escreve-la no caminho para o trabalho ou na volta, uso elementos a minha volta, imagino que cada pessoa ao meu redor ou situações são personagens de histórias engraçadas ou dramáticas… Pode escolher!
Por LADYLENE APARECIDA