(Inspirado em seu soneto “Sonhador”)
Não foi, a tua voz, por desventura,
fadada ao som de um brado derradeiro.
Na entrega por um sonho verdadeiro
o teu legado é força e compostura.
Eis que a batalha há tempos já perdura…
Não foste tu o sonhador primeiro,
mas, sim, cumpriste a sina de um guerreiro
quando arguido em forma de tortura.
É pena que terá sempre um algoz
a condenar soldados e ideais…
Mas foste, tu, guerreiro audaz, feroz,
que te entregaste em prol dos desiguais…
O teu legado, a luta e a tua voz
gravaste bem, no livro de imortais!
Por EDY SOARES
Vila Velha/ES