Filme: Cidade dos Mortos
Em Cidade dos mortos as questões abordadas vão muito além do virus que transforma o ser humano em um zumbi.
A grande dúvida é até que ponto uma civilização consegue manter tudo que foi construído e que ganhou o nome de civilização? No dicionário, civilização significa um “conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade”.
Foram anos de construção de regiões civilizadas, mediante costumes e culturas próprias de um país ou continente, tudo para que os seres humanos pudessem conviver em grupo, com pessoas diferentes e obedecendo regras e leis. Porém, basta um imprevisto aparecer e trazer risco de morte para que nosso lado primata dê as caras.
É exatamente isso que acontece em Cidade dos Mortos, conhecida também como To the Lake ou Epidemiya, disponível na Netflix. A produção é
original da Rússia e foi lançada em 2019, mas com a plataforma de streaming adquirindo seus direitos, o lançamento internacional aconteceu em outubro de 2020.
A série é dramática e envolvente, fala das relações humanas e o que significa a convivência em tempos ruins, onde o pior de nós aparece em um piscar de olhos.
A série é muito bem produzida, com cenários simples, porém funcionais. O destaque fica para a fotografia, que foge do óbvio. Em cada cena, o diretor de fotografia consegue colocar o espectador dentro da série ao utilizar ângulos diferentes, inclinados, com movimentações que fazem o público ter a visão do personagem.
Beijos e beijos
Por CLAUDIA FAGGI