Filme: O Milagre
O Milagre é um filme sensacional que nos leva a fazer uma reflexão sobre o fanatismo religioso. Eu acho que todo tipo fanatismo é letal. O fanatismo cega, não nos deixa pensar, não nos deixa raciocinar e nos faz tomar atitudes baseadas na nossa verdade.
Depois de servir como enfermeira durante um conflito na Criméia no século 19, Lib Wright vivida pela lindíssima e enigmática Florence Pugh é chamada para acompanhar o suposto milagre de uma menina que há quatro meses não se alimenta e que por conta disso vem chamando a atenção em seu vilarejo.
Florence Pug também é protagonista do filme Midsommar, O Mal não Espera a Noite, gênero terror psicológico de Ari Aster que é aclamado pela crítica.
O Milagre acontece em uma época de penúria que assolou a Irlanda. Esse momento ficou conhecido historicamente como A Grande Fome, e é justamente nesse período que as pessoas ficam ainda mais vulneráveis.
Em cartaz na Netflix, O Milagre tem base em vários relatos históricos sobre crianças que passavam meses ou anos em jejum. Mas, é perceptível na abertura do filme que vai da panorâmica em um estúdio de cinema até o primeiro cenário, que se seguirá uma narrativa pronta para destruir a tese do milagre.
As locações valorizam o vazio que a Irlanda se tornou com uma fome que diminuiu consideravelmente sua população provocando uma emigração em massa, o diretor Sebastián Lelio traduz o fanatismo religioso com uma fotografia que nos levam a pinturas sombrias da época.
Infelizmente uma época que não difere tanto da atual, em que conflitos e o esquecimento da população levam ao fanatismo que coloca em risco questões que podem definir o presente e até o futuro!
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O Milagre está na Netflix
Beijo
Por CLÁUDIA FAGGI