Filme: O Poço
Vou indicar para vocês um dos filmes mais intrigantes e discutidos da atualidade.
O Poço.
Se você buscar mais informações sobre essa película na internet você vai se deparar com páginas e páginas de discussões, achismos, aulas, politização e etc… e nesse caso pode levar o etc a sério.
O filme é espanhol.
A produção é excelente.
Os atores incríveis.
Mas o filme do diretor, Galder Gaztelu-Urrutia tem uma pegada de cinema moderno, de filme que nos dá o nosso maior direito, o da interpretação no final.
A potência da mensagem de O Poço reside nos dilemas, em como eles apontam, simbolicamente, a uma constituição coletiva capitalista. Tudo se passa numa prisão vertical. Cada nível comporta duas pessoas. Não se sabe ao certo quantos andares existem nesse prédio bizarro, apenas que os residentes dos superiores são privilegiados por desfrutarem da possibilidade de saciar diária e plenamente suas necessidades imediatas. Consequentemente, quanto chegamos aos andares inferiores nos deparamos com as mazelas do mundo.
O Poço é carnal.
A minha experiência com esse filme foi idêntica a do filme Mãe, do ditetor Darren Aronofsky. Eu não tive condições de falar uma palavra sobre o filme, ou discutir sobre, logo depois de assistir. Foi necessário digerir.
Incrível o dom para se fazer algo assim.
Só esse fato em si me fez refletir.
Beijos de coração, no coração.
Por CLAUDIA FAGGI