Filme: Pinóquio
Mais uma vez Guillermo Del Toro reinventa a forma de fazer cinema. É inacreditável como alguns diretores e roteiristas tem esse magnífico dom: o de reproduzir o que está em suas mentes.
O conto clássico e conhecido por todos é magicamente transformado nas mãos do diretor que junto de uma equipe de peso demorou 15 anos para dar vida ao filme Pinóquio.
Pinóquio ganha a vida para consertar o coração de um entalhador de madeira chamado Gepeto. Este extravagante filme em stop-motion dirigido por Guillermo Del Toro e Mark Gustafson segue as aventuras travessas e desobedientes de Pinóquio em sua busca por um lugar no mundo.
Pinóquio por Guillermo Del Toro se passa na Itália e seus momentos de abertura são ambientados durante a Primeira Guerra Mundial. Em vez de fugir da história, o filme opta por contextualizar sua narrativa incluindo eventos da guerra, como os bombardeios, por exemplo. E isso eu achei fantástico, porque a criança da atualidade é informada pelos veículos sociais o tempo todo e essa realidade não é mais tão chocante como antigamente.
O jovem Carlo, filho de Gepeto, morre num bombardeio e para piorar ainda mais a situação, os aviões não estavam envolvidos em nenhum tipo de combate. Eles simplesmente largam suas cargas para reduzir seu peso.
Após a morte de Carlo, Gepeto entra em depressão… é de cortar o coração e é possível ver como o pai está lidando com a sua dor, o boneco de madeira parece ser a única solução.
Pinóquio também ganha um “amigo”, ele se chama Candlewick e é um “modelo de jovem fascista”, o pai do garoto encoraja Gepeto a criar Pinóquio da mesma forma, no decorrer do filme podemos perceber que a película não foi feita somente para as crianças, Pinóquio tem muitas mensagens para os adultos.
Pinóquio por Guillermo del Toro tem uma história fascinante e em um determinado momento há um aumento de nível de realidade quando os personagens começam a fazer referência a Benito Mussolini.
Pinóquio por Guillermo Del Toro está disponível na Netflix
E acredite, é imperdível!
Beijos
Por CLÁUDIA FAGGI