Ninguém sabe que estou aqui,
hoje quero voltar sozinho.
Não me dê suas mãos cálidas…
Preciso caminhar por entre os trilhos
dos trens enferrujados.
Durante a noite, sem luar!
Serei eu e minhas recordações,
idas e vindas da memoraria recorrente,
luta diária em te esquecer.
Percorrerei o espaço do inconsciente,
o vazio das circunstâncias,
estrelas que não mais brilham,
metáforas da vida inconstantes,
afloradas no recente passado.
Até o amanhecer, serão ilações.
Com meu capuz, passearei despercebido.
Por entre as portas secretas
do meu eu, ainda escondido de mim.
Por ROBSON BRAGA