Ruiu o meu palácio de quimera
como se fosse erguido sobre a areia.
Guardar as suas torres eu quisera,
mas fui vencida em lutas à mancheia.
Perdi no mar a esplêndida galera
e as suas ondas tive por cadeia.
No escombro do palácio cresce a hera,
a água rugiu à luz da lua cheia.
Perdi o meu rubi, o meu brilhante,
minha tiara, a joia cintilante,
perdi o fio de ouro e a flava espada…
Queima meu lábio em súplicas e rogo…
Arde minha alma em brasa viva e fogo…
Fito perdida as minhas mãos no nada!
Por GEISA ALVES
Resende/RJ