DESNUDA EM PALAVRAS – Entrevista com Jaque Alenncar

DESNUDA EM PALAVRAS – Entrevista com Jaque Alenncar

JAQUE ALENNCAR, natural de Aiuaba-CE, mãe, esposa, é Diretora de operações da Revista Internacional The Bard, onde também é Colunista a frente da coluna Guia Literário. Pedagoga, poetisa e escritora, cursa Letras – Português, pós-graduada em AEE. Atua como professora de Educação infantil da Rede Municipal de Andaraí-BA, cidade onde reside desde 2010.

Acadêmica Internacional da FEBLACA. Coautora em várias Antologias poéticas. Autora do livro Nosso estranho Amor. Dedica-se a arte e a literatura, sendo a última, sua grande paixão.

Tendo Vinicius de Morais como uma de suas maiores referências. Os versos de amor são presença constante em sua poesia.

 

 

ENTREVISTA:

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REVISTA THE BARD – Quando você começou a escrever?

JAQUE ALENNCAR – Comecei a escrever na adolescência, escrevia cartas de amor, tinha um diário onde anotava os meus desabafos e rabiscava alguns poemas. Algo que poucas pessoas sabem é que a música tem uma grande ligação com o meu processo criativo, com meus textos, sempre tinha uma letra de música, geralmente a que tinha me inspirado.

 

        

REVISTA THE BARD – Quais os seus gêneros literários?

JAQUE ALENNCAR – Não tenho um gênero literário específico. Gosto de me arriscar, aprender coisas novas. Vivo cada fase como tem que ser e exploro ao máximo a minha criatividade, mas como diz Vinícius de Moraes: “eu sou antes de tudo, poeta”. É na poesia onde encontro os mais belos sentimentos e me permito florir e desabrochar em poemas, trovas, aldravias, sonetos.

 

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REVISTA THE BARD – Por ser mulher, você sente o preconceito das pessoas por ser escritora de livros hot? Se sim, de onde vem mais o preconceito?

JAQUE ALENNCAR – A gente sempre sente esse preconceito, até pelo meio onde nós mais publicamos nossos escritos, a internet. Ela está cada dia mais difícil, as pessoas estão ficando muito agressivas e se acham no direito de invadir a vida do autor, pelo que ele escreve. Nós somos julgados a todo momento e para mim foi um choque perceber que a falta de apoio, comentários desnecessários, mudanças de comportamento, vieram de mulheres em sua maioria. É claro que quando resolvemos expor nossos escritos estamos sujeitos a esse tipo de situação, cabe a nós filtrarmos apenas o que for bom e se afastar de qualquer que seja a ofensa ou discurso ofensivo.

 

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REVISTA THE BARD – Fale sobre a sua trajetória na literatura.

JAQUE ALENNCAR – Comecei a escrever na adolescência, mas só em 2020 resolvi publicar meus textos. Inicialmente eram crônicas e textos sobre a vida, relacionamentos, ansiedade. Depois a minha escrita foi tomando outro rumo, uma grande amiga, a Andreia Pedroso, foi quem me reaproximou da poesia e a partir daí passei a publicar com mais frequência. Escrevi alguns livros, mas nunca tive coragem de publicar, não achava bom o suficiente. A partir de 2021 passei a publicar em antologias, tenho publicações em cerca de dez ou um pouco mais. Também em 2021 conheci e publiquei pela primeira vez aqui na Revista The Bard, iniciei com envios de poemas, a partir da edição de março de 21 e não parei mais, tive a grande honra de ser convidada pelo editor chefe JB Wolf para integrar a equipe editorial, tenho aprendido muito, é uma experiência enriquecedora e conhecer a fundo esse maravilhoso projeto, só me deixa cada dia mais encantada com o profissionalismo e compromisso com a arte. Continuei a postar meus textos no Instagram, mas apenas em 2023 que finalmente publiquei o meu primeiro livro, Nosso Estranho Amor.

 

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REVISTA THE BARD – Como foi se descobrir também escritora erótica?

JAQUE ALENNCAR – Foi estranho, eu sempre falei muito de amor, mas de uma maneira mais romântica, suave. Nunca com a intensidade que o erótico permite. Confesso que nos meus primeiros escritos fiquei bem tímida com o resultado, depois fui me habituando e gostando de escrever erótico, é algo que só se escreve com qualidade se você estiver realmente inspirado.

 

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REVISTA THE BARD – Você teve alguma influência de outro escritor (a) para escrever também na literatura erótica?

JAQUE ALENNCAR – Eu sempre gostei de ler romances nem adulto ou popularmente conhecido com romance hot, escritoras como Bella André, Juliana Dantas, entre outras, são nomes cativos nas minhas prateleiras. Porém, quando me vi escrevendo, passei a ler mais sobre o assunto e como sou poeta, queria entender como funcionava e passei a ler autores contemporâneos dos mais diversos tipos de erótico. A colunista e escritora Tônia Lavínia foi um achado riquíssimo das redes sociais pela sua escrita rebuscada e com uma característica única de nos remeter a épocas passadas, virei fã.

 

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REVISTA THE BARD – Porque a literatura erótica ainda é uma barreira?

JAQUE ALENNCAR – Porque algumas pessoas ainda confundem o autor com a obra, fazendo assim, o erótico um dos gêneros mais polêmicos, mas também um dos mais lidos. O “proibido” desperta a curiosidade na mesma proporção que o preconceito e grande parte dos que são contra esse tipo de escrita, são também leitores do gênero.

 

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REVISTA THE BARD – Você acha que erotismo e pornografia é o mesmo?

JAQUE ALENNCAR – Não, há uma diferença enorme entre as duas coisas.

O erótico está presente na sutileza de um toque de mãos, na ambiguidade de um sorriso, de um cair de roupa lentamente, de um desejo que se esconde atrás de pensamentos que saltam aos olhos. O erotismo vai muito além de apenas descrever um ato sexual. Está nos detalhes minúsculos da construção de uma das mais belas cenas de amor de um casal apaixonado. A pornografia é o que é. Cru, direto ao ponto sem a beleza da conquista, da paixão. Fazendo uma comparação entre os dois temas com uma relação entre duas pessoas: o erótico é como fazer amor, tem envolvimento, paixão, intensidade, carinho, toque. Já a pornografia é apenas sexo.

 

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REVISTA THE BARD – Jaque Alencar, nós da The Bard Internacional, agradecemos a sua linda participação, me sinto honrada de ter o seu trabalho maravilhoso nesse nosso espaço tão especial, principalmente por ser uma mulher que também escreve literatura erótica. Sabemos que as mulheres que se aventuram nesse nicho são admiráveis, principalmente por se arriscarem na provocação dos desejos intensos e sexuais, e na maioria das vezes além de encarar uma sociedade cheia de padrões, preconceituosos, e por não separar o escritor (a) do seu pessoal. Por isso esperamos outras escritoras para nos abrilhantarem com a presença delas na nossa coluna erótica Desnuda em Palavras, sendo influenciadas por você, assim como foi com a escritora Viviane Sassi que tem um erótico lindo.

Você tem algo a mais a acrescentar aos leitores da Revista The Bard Internacional sobre os teus escritos e o erotismo?

JAQUE ALENNCAR – Gostaria Primeiramente de agradecer o convite e a oportunidade de estar aqui. Gostaria apenas de dar um recado a você que está iniciando nessa jornada incrível que é escrever, não desista. Se for um sonho, busque com toda a sua vontade realizá-lo, as adversidades nos deixam mais fortes. E, acima de tudo, afaste-se de quem não reconhece o seu valor. Escreva livros, pulique e faça sua história, somos instantes e estamos aqui só de passagem.

 

Vídeo com poema de Jaque Alencar:

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                         TEXTOS DE JAQUE ALENNCAR

 

 

         DANTE E ÉRICA

 

         Dante sempre foi focado em seus negócios, aos 37 anos nem sequer pensava em casar, somente em crescer profissionalmente, no comando da empresa da família e de mais alguns negócios próprios bem sucedidos, ter um relacionamento sério era a última coisa que passava em sua cabeça. Não que não se divertisse, ele não era nenhum santo. Com seu físico escultural, cabelos loiros, pele levemente bronzeada para combinar com os pelos dourados espalhados em seu peito trilhando um caminho tentador que chega a beleza mais viril da masculinidade, para completar a imagem da perfeição, Dante foi abençoado com um par de olhos azuis que lembram duas turmalinas Paraíba. A perfeita definição do pecado! Não existia uma mulher que não molhasse as calcinhas quando ele se aproximava, porém, um dia ele encontrou Érica numa festa da empresa, ela era a diretora comercial e evitava conversas que não fossem de cunho profissional com Dante.

         Érica, apesar de ser 10 anos mais jovem que Dante, transbordava maturidade e confiança, era sempre muito eficiente e realizava seu trabalho perfeitamente. Apesar da sua estatura mediana, era imponente, cabelos escuros que escorrem pelas costas, dois opalas negros enfeitam seu rosto com uma boca deliciosamente marcada pelo batom cor púrpura.

        Não por falta de insistência de Dante, Érica recusou-se a conversar sozinha com ele a noite inteira, ainda mais após saber da sua fama de mulherengo, ela não iria ser mais um casinho na vida de ninguém, não tinha dedicado anos da sua vida estudando no exterior para ser taxada de ficante do sócio majoritário da empresa, não mesmo! Érica sabia muito bem se impor, apesar de que era quase impossível recusar as investidas de Dante. Ela resolveu levar na esportiva e desenvolveu apreço por ele.   

        Passado um mês da festa na empresa, eles estavam saindo para conversar, mas não havia ainda tido nenhum tipo de encontro romântico, Dante resolveu ir devagar dessa vez, ele sabia que valeria muito a espera.

        Numa noite de sexta Dante convidou Érica para um jantar em sua casa, eles se provocavam o tempo inteiro, cada toque arrepiava o corpo, tocavam um no outro propositalmente. Estavam no limite do desejo.

       O jantar estava marcado para às vinte e uma hora, mas às dezenove horas chegou um pequeno embrulho, uma espécie de caixinha de veludo carmesim e uma pequena chave separada que abriria o cadeado grudada a um bilhete que dizia “Abra-o quando estiver sozinho, antes das 21. Érica”. Dante pagou o entregador e entrou em casa segurando a caixinha como se fosse um tesouro. Foi direto para o escritório, lá teria mais privacidade já que sua governanta estava dando os últimos retoques na mesa de jantar para tudo ficar perfeito.

       Dante abriu a caixa com certo receio. Se tratando de Érica, ele sabia que podia esperar de tudo. Ele ficou perplexo quando pôs suas turmalinas paraíbas no interior da caixa, uma lingerie vermelha de seda tão delicada acompanhada de um par de algemas da mesma cor, ele enrijeceu instantaneamente, quando levou a calcinha ao rosto, ela tinha o aroma delicioso do perfume de Érica. Dante a guardou no bolso, as algemas ele levou para o quarto, admirado com a surpresa, estava perplexo com a ousadia daquela mulher.          

       Se Dante era o demônio da conquista, personificação do pecado, Érica era a dona do inferno inteiro. Ela tinha acabado de provar.

       Às vinte e uma horas a campainha toca novamente, Dante que está vestindo uma calça jeans e camisa social com as mangas dobradas, abre a porta para que Érica possa entrar, ele a recebe com um beijo terno no rosto, não quer quebrar o clima inicial do jantar, que ocorre como o planejado, muita conversa, boas risadas e olhares desejosos.

       Depois do jantar, Dante coloca uma música para que eles possam dançar, cola seu corpo ao de Érica que está com um vestido de seda preto de alcinha e costas nuas até a cintura. Dante pousa a mão sobre a pele delicada dela. Ele arfa de desejo ao sentir o bico dos seios dela roçar no seu peito, ela está sem sutiã, uma tentação!       

         Nessa dança sensual onde se tocam delicadamente e se beijam tão intensamente que fica quase impossível respirar. Dessa vez, Érica foi quem perdeu a respiração quando sentiu o que estava esperando por ela, contra a sua pele, mesmo debaixo das roupas, era espetacular. Mal chegaram ao quarto, a camisa foi abandonada. Dante tece beijos nas costas de Érica e desliza as alças do vestido pelos braços, que cai aos pés dela, então Érica se vira completamente despida, perfeita!       

        Ele geme com aquela bela visão, acaricia os mamilos dando leves beliscões, enquanto Érica se derrete inteira, Dante desce a mão e toca delicadamente o caminho tentador, ela já está pronta para ele, mas ele ainda tem muito a fazer. Traz os dedos aos lábios de Érica para que ela sinta seu próprio sabor. Dante a deita na cama e pega as algemas e prende os braços de Érica na cabeceira da cama, coloca um travesseiro para que ela apoie a cabeça e caminha vagarosamente até a beirada da cama, deixa a calça cair sob os olhos de Érica. Dante então beija Érica no seu ponto mais sensível, tocando seus lábios mais doces até que ela exploda uma, duas vezes.

       Dante adentra vagarosamente no paraíso apertado e doce que Érica tem, uma, duas, três estocadas lentas e leves até que ela se acostume, encontra o encaixe perfeito dos corpos, enquanto ela implora por mais, ele arremete cada vez mais forte e sente o corpo dela vibrar chegando ao ápice mais uma vez e ele se entrega com ela nesse momento mágico, intenso e maravilhoso.

Jaque Alencar – Autoral

 

 

     TÁSSIO E CLÉO

      Tássio é o diretor de uma empresa alimentícia, bem conceituada e famosa no mercado. Dono de um par de olhos negros como a noite e um corpo escultural, fruto de anos de esforço entre academia e o ringue, nas horas vagas e por diversão, ele é boxeador. Na altura dos seus 35 anos, Tássio nem pensa em casar, ele gosta muito de se divertir nas noites dos fins de semana. Ele exala luxúria, as mulheres caem aos seus pés, se derretem por ele, exceto Cléo, sua secretária, pelo menos aparentemente, quem ele respeita muito, apesar de já ter tentado uma aproximação, digamos, mais íntima.

       Cléo é uma mulher decidida, que gosta do que faz, mas que está sempre buscando ganhar seu espaço, ela é formada em administração e sabe que um dia chegará sua hora e ela poderá ser uma gerente de vendas, ou algo maior. Ela sabe que será temporária sua estadia como secretária de Tássio, a quem ela intitulou de Imperador da Pegação, por seu extenso histórico de relacionamentos, e pelas várias encomendas de flores que ela já fez para as mulheres com quem ele sai. Ela tem 28 anos e é dona de um belíssimo corpo natural, suas curvas são perfeitamente enlouquecedoras, cabelos castanhos e longos caem pelas costas em cascata, ela anda sempre de cabelo solto, pois é uma das partes do seu corpo que mais gosta. Encanta com seu belo par de olhos cor de mel, uma doçura que também alcança a voz e a fala, sempre educada e prestativa, Cléo cativa as pessoas com sua voz aveludada e naturalmente sexy.

        Como a maioria das mulheres da empresa, Cléo também sente atração por Tássio, mas isso não quer dizer que ela aceite as investidas dele. Até porque ela sabe que ele não é de compromisso, porém ela não é mulher de uma noite só. Ela é e quer mais que isso. Então reprime seu desejo, uma tarefa quase impossível. Muitas vezes entra no joguinho dele por diversão, só para ver onde ele aguenta. Na arte da conquista, Cléo tem truques que Tássio nem sonha.

        É sábado à noite e por muita insistência das amigas, Cléo resolveu sair, foram a festa a fantasia de uma colega da faculdade, era uma espécie de despedida, pois ela estava indo embora para o exterior.

        Ela está belíssima num vestido vermelho tomara que caia colado ao corpo, que valoriza sua silhueta e curvas, e uma fenda gloriosa, exibe um pouco mais a sua perna esquerda. Uma sandália dourada completa seu look combinando com a máscara em seu rosto. Perfeita!

        Cléo está na pista de dança, se divertindo e dançando como se não existisse amanhã, de repente, sente alguém te olhando, aquela sensação estranha de estar sendo observada. Ela olha para todos os lados e de repente vê ele se aproximando, Tássio veste um belíssimo terno todo preto, a calça se agarra deliciosamente as suas pernas, detalhe que Cléo só foi capaz de perceber incentivada pelo álcool. Ela sai da pista e vai para fora da festa, a área externa da casa, uma espécie de jardim. Tássio a segue, ele sabe que ela ficou perturbada com alguma coisa e ele como exímio amante e conhecedor de mulheres, imagina que ela não esteja bem. Realmente não estava. Então ele pediu para levá-la para casa e ela apenas pediu que fosse para casa dela. Que ele a deixasse lá e fosse embora.

        Chegando em casa, Cléo foi direto para o banheiro, tirou toda a roupa e entrou no chuveiro, passou tanto tempo deixando a água rolar pelas suas costas que pensou que Tássio já tivesse ido embora. Então ela sai totalmente nua do banheiro como tem costume de fazer, para sua surpresa e desespero, Tássio está sentado em sua cama, bem à vontade. Ela tenta se cobrir de alguma forma, mas não consegue, queria um buraco para se enfiar dentro, de tamanha vergonha. Tássio apenas sorri, com um sorriso abobalhado no rosto, encantado com a cena diante dos seus olhos e estende uma toalha para que Cléo se cubra.

       Se aproveitando do efeito do álcool, Cléo não cobriu o corpo com a toalha, ela se jogou em cima de Tássio, totalmente nua, foi impossível para ele resistir àquele contato. Ele espalmou as mãos nas costas de Cléo e tomou a boca dela num beijo que escancarada seu desejo. Mas num lapso de consciência, Tássio se lembrou que Cléo ainda estava um pouco bêbada, ele não iria usar disso para tirar vantagem, então ele foi embora deixando Cléo tonta sem entender o motivo dele ter saído.

        Ela quer mais, decidida como ela é, sabe que vai ter mais. Então, na segunda-feira, Cléo usa uma camisa branca, aberta propositalmente até a curva do início dos seios e uma saia lápis preta com uma fenda discreta na parte de trás. Como ela sempre chega uns minutos antes de Tássio na empresa, vai direto à sala dele e abre a gaveta de cima da mesa, deixando lá algo íntimo e sai da sala. Tássio chega acompanhado com um grupo de executivos, quando Cléo vê, quer morrer, pois corre o risco dos outros homens verem seu presentinho.

        Tássio entra na sala e vai para a sua mesa, estende a mão para que os outros executivos se sentem. Ao abrir a gaveta para guardar um documento que irá avaliar depois, ele se depara com a bela peça rendada, suspira fundo como se precisasse do ar de todo o ambiente para voltar ao normal e conseguir dar continuidade ao assunto com os colegas que estavam a sua frente. O pior é que ele não poderia nem levantar para nada, pois tinha demonstrações claríssimas do efeito da tal peça. O desconforto na sua calça social marca de giz era gritante. Tássio entra em desespero quando lembra que mandou Cléo ir ao café do outro lado da rua para trazer expresso para todos. Quando ela chega com o café meia hora depois, o mais profissional possível, agiu com uma frieza como se nada estivesse acontecendo. Ela é uma ótima atriz! Serve o café aos executivos e por último a Tássio, quem ela roça propositalmente no braço, discretamente, só para deixá-lo mais louco ainda e volta para sua mesa, fechando a porta atrás de si. Ela não pode deixar de gargalhar de tudo isso, é a sua vingança por sábado, mesmo ele tendo mandado flores com um cartão se desculpando por avançar o sinal, no domingo.

         Finalmente a reunião termina, Tássio sente como se tivesse durado uma eternidade, o que, na verdade, durou apenas uma hora. Quando os executivos saem da sala, Cléo está de cabeça baixa digitando alguns e-mails e se sobressalta ao perceber Tássio parado a sua frente olhando-a fixamente, com uma voz grossa e carregada de desejo ele diz, “senhorita Cléo queira vir aqui um instante na minha sala.” Ela estremece inteira, até as suas partes mais escondidas. Tássio abre a porta e fica esperando Cléo entrar, fechando a porta em seguida. Ela se senta na cadeira bem em frente à mesa e Tássio fica de pé observando, ele pega a camisola preta minúscula e olha sugestivamente, como se perguntasse com o olhar “ela é sua?” Cléo afirma com a cabeça, Tássio joga a cabeça para trás e geme, suas partes mais íntimas parecem despertar e querer sair da prisão que a calça é. Provocativa, Cléo cruza as pernas devagar prendendo a atenção de Tássio nas suas coxas a mostra, ela quer levá-lo ao limite do desejo.

         Ele então toma a boca dela com um beijo quente, fazendo-a escorrer por entre as pernas sem qualquer toque no seu paraíso interno, Tássio então desce a mão por entre a camisa dela e aperta seus seios já intumescidos pelo calor do desejo que se forma na sua parte central e espelha pelo seu corpo inteiro. Levantando a saia com um único movimento, ele ajoelha bem ali, diante da magnitude que ela é e bebe até a última gota do seu desejo, enquanto ela se perde naquela visão maravilhosa. Ele a pega e coloca de bruços na mesa e adentra naquele paraíso encharcado de uma vez só, sentido as contrações da das paredes divinas daquela deusa a sua frente. Os dois são transportados para um mundo onde o prazer impera, naquele movimento maravilhoso, perdidos no som único dos corpos se chocando e no perfume intenso que produzem, se entregam ao mais alucinante clímax que já tiveram na vida.

Jaque Alencar – Autoral

 

Vídeo com texto de Tônia Lavínia:

“Você não Estava Preparado para Eu ser Sua: Xeque-Mate

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Por TÔNIA LAVÍNIA

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