Considerações físicas e metafísicas da música, da luz e as vibrações de cura
Saudações caros(as) leitores(as)!
Na edição de setembro/outubro desta nossa amada revista vos deixei um artigo com noções básicas acerca da história da música medicinal ancestral. Neste presente artigo, vos trago com um pouco mais de profundidade e embasamento científico, um panorama a respeito do trabalho medicinal com música e como a mesma atua no auxílio do equilíbrio psíquico, físico e astral; vos deixarei também, ao final do artigo, meu trabalho terapêutico com música medicinal (soundhealing). Sem mais delongas, vamos compreender o funcionamento dessa maravilhosa ferramenta que há tanto tempo está ao nosso alcance.
Em acústica ou telecomunicações, uma harmônica de uma onda é uma frequência específica de vibração que tem a propriedade de causar o fenômeno de ressonância. A tais frequências é dada a denominação “frequências de ressonância”. Por definição, a frequência que causa a primeira ressonância de uma onda é chamada de frequência fundamental, e dela provêm os demais harmônicos. O universo está vivo com SOM e dentro de todos os sons há harmônicos.
Harmônicas são um fenômeno do som que ocorre sempre que o som é criado. Normalmente, percebemos o que parecem sons únicos quando ouvimos uma nota tocada em um instrumento musical como um violino ou um piano. No entanto, quase todos os sons produzidos por instrumentos musicais, nossas vozes ou outras fontes sonoras, na realidade, não são tons puros, mas misturas de frequências de tons puros chamadas ‘parciais’. Frequência não possui uma natureza específica – se canalizada por um canhão de luz uma determinada frequência se apresenta como uma cor; se canalizada por uma caixa de som, a mesma frequência é, agora, uma nota musical.
Luz é Som
E
Som é Luz
Som é uma energia vibracional que assume a forma de ondas.
Som interno e externo
Na linguagem védica do sânscrito, há uma diferenciação entre o som interno e o externo. Existe um som audível, chamado “ahata”, ou som atingido e, é o resultado da vibração no plano físico. Há também o “anahata” ¹, o som inaudível e interno que não é o resultado de alguma vibração física, mas sim o “destravo” que pode cavalgar como um cavalo voador para outros planos de existência na meditação. As propriedades físicas e metafísicas do SOM!
Som de Cura Frequência de ressonância
A ressonância é a base de toda terapia sonora. Ressonância é a taxa vibratória básica de um objeto. A ideia de que tudo no Universo vibra nunca foi um mistério para os antigos povos ancestrais. Mas, com o passar de séculos, nossa aclamada e acadêmica ciência chegou no mesmo patamar, e assim preconizou:
“Tudo o que possui elétrons em movimento gera uma frequência e essa vibra em uma forma de onda; como tudo no Universo possui elétrons em movimento, logo, TUDO VIBRA”
Tudo no universo está em um estado de vibração. Do macro ao microcosmo, isso então inclui também o corpo humano. Todo órgão, osso, tecido e outras partes do corpo têm uma frequência ressonante saudável. Mais uma vez, todo órgão, osso e tecido do corpo humano tem sua própria frequência ressonante. Juntos, eles formaram uma frequência composta, um harmônico que é a própria assinatura vibracional pessoal. Essa assinatura envolve todo o corpo com um campo, o campo vibracional também conhecido como campo áurico. E cada um destes campos se conecta de dentro para fora e de fora para dentro com centros energéticos (chakras) e, estes, com o corpo físico e psíquico.
Assim como é possível definir um objeto em seu próprio estado vibratório natural por meio de ressonância, também é possível restaurar o movimento natural de um objeto, que pode estar desafinado ou desarmônico. O desequilíbrio (também chamado de doença) ocorre quando um padrão vibracional diferente é estabelecido naquela parte do corpo que não vibra em harmonia. Portanto, é possível, sim, através do uso de sons criados externamente e projetados na área afetada, reintroduzir o padrão harmônico correto.
Os diferentes ritmos do corpo também podem ser alterados através do som. Isso é conhecido como arrastamento e envolve a capacidade das vibrações rítmicas mais poderosas de um objeto, de alterar a vibração rítmica menos poderosa de outro objeto e fazer com que sincronizem seus ritmos com o primeiro objeto. Através do som é possível alterar o padrão rítmico das ondas cerebrais, bem como o batimento cardíaco e a respiração.
Diferentes taxas de ondas cerebrais foram equiparadas a diferentes estados de consciência. Existem quatro categorias básicas de ondas cerebrais:
– Ondas beta: encontradas em nosso estado de vigília normal.
– Ondas alfa: ocorrem quando sonhamos acordados ou meditamos.
– Ondas theta: encontradas em estados de profunda meditação e sono, bem como em atividades xamânicas.
– Ondas delta: ocorrem no sono profundo e foram encontradas em estados muito propostos de meditação e cura.
O uso da música em cerimônias sagradas e rituais xamânicos ocorre desde tempos remotos. A mudança dessas taxas cria mudança na consciência.
A mudança do uso de ressonância e arrastamento são os conceitos fundamentais por trás do uso do som para curar e transformar. Eles são encontrados em todas as práticas que usam o som, independentemente da tradição, sistema de crenças ou cultura.
As harmônicas ao tocarem o campo vibracional de cada indivíduo abrem os canais das partículas conscientes de LUZ, harmonizando ou equilibrando a mente (ou psiquê), os centros energéticos (chakras), os campos vibracionais e o corpo físico como um todo (os órgãos, tecidos, ossos, os processos fisiológicos e bioquímicos, a regeneração celular, bem como estimula o melhor desempenho do organismo integralmente).
O Som como uma onda portadora de consciência
Se, por um momento, abandonarmos a noção comum sobre o som, como as ondas de ar que o ouvido pode ouvir, e a estendermos a um membro da família universal de vibrações, abriremos os Princípios Herméticos que nos dizem mais sobre o Universo.
“O som é uma onda portadora de consciência”
Isso significa que, dependendo de onde a consciência de um indivíduo é colocada quando ele cria um determinado som, o som carrega informações sobre esse estado para a pessoa que o recebe. É a intenção ou o propósito por trás do som que importa. Com a palavra intenção, me refiro sobre a consciência do som que está sendo criado. Isso abrange o estado geral da pessoa que produz o som e envolve os aspectos físicos, mentais, emocionais e espirituais dessa pessoa.
A compreensão inicial da intenção envolve nossa mente consciente, na verdade todo o nosso SER. Uma compreensão mais profunda da intenção envolve o que pode ser entendido como alinhamento com o propósito de nosso Eu Superior, ou, a Vontade Divina. Isso é ser UM com o Espírito Universal (UNÍSSONO). É esse aspecto da consciência que é capaz de se alinhar com a energia sagrada do som.
É “Tua vontade”, não “minha vontade”.
Quando atingimos esse nível de SER, nossa intenção é nos tornarmos um veículo para o som sagrado e de também no tornarmos – talvez – capazes de ignorar o aspecto menor de um EU que é egoísta, desarmonioso e incapaz de se render à Vontade Universal da Criação.
Para a maioria das pessoas, o entendimento inicial da intenção é um grande obstáculo no uso do som como uma ferramenta transformacional e terapêutica. A intenção é a de ser um veículo para a Força Criadora, a pedra angular em um momento de graça para que, então, nesse momento, nos tornarmos UM com o UNIVERSO e, portanto, sermos capazes de recriar e curar.
O conceito de intenção refere-se ao primeiro princípio hermético de que tudo é mente, pois a intenção deriva da mente do Criador do SOM. Tudo são vibrações e ritmos. A chave é o nível de SER, o grau de consciência, o desenvolvimento da mente, a pureza das emoções, o nível de atenção que forma a intenção e o SOM.
A GLÂNDULA PINEAL
Com o uso de harmônicas é possível ressonar e estimular a glândula pineal.
A glândula pineal é uma pequena glândula em forma de pinha localizada no centro da cabeça, dentro do cérebro. A glândula Pineal é ligada ao Sahasrara, o chakra da coroa, a nossa ligação com a Força Criadora e, segundo Descartes ², era o “assento da alma”. Era considerado um órgão vestigial e agora é conhecido por ser um relógio sensível à luz que afeta diretamente o sono, nossa ligação com a Força Criadora, atua no processo de cura, bem como no desenvolvimento das glândulas sexuais.
Inúmeras pesquisas sugerem que a pineal é um dispositivo orgânico que é ajustado em direção ao norte magnético para dar aos seres humanos e aos animais seu senso de direção. Outros cientistas acreditam que a pineal é um órgão bioluminescente que tem a capacidade de criar luz.
A pineal é rica em neuromelanina, uma molécula de interface de processamento de informações com sincronismo de fase, que é um transdutor de fótons. Esta é uma substância que tem a capacidade, entre outras características, de absorver e converter a energia da luz em som.
Ela também tem a capacidade de, na contramão, transformar energia sonora em luz. Há muito se acredita que a melanina e seu equivalente cerebral, a neuromelanina, podem ser o elo-chave entre a mente e o cérebro.
Através da estimulação da glândula pineal, a neuromelanina é produzida. A neuromelanina, um composto sensível à luz, desencadeia a liberação de uma substância que contém fósforo, um produto químico produtor de luz. Ao estimular a glândula pineal por meio de harmônicos, é possível que os campos reais de luz ao redor do corpo sejam aprimorados.
– A LUZ que ativa a glândula pineal não é a luz convencional como a conhecemos, como a luz de uma lâmpada ou a luz do SOL; o cérebro produz seu próprio campo de LUZ em um nível molecular… nosso neurocircuito pode produzir seu próprio campo de LUZ –
¹ Anahata é também o nome do quarto centro de energia principal (chakra), o chakra do amor incondicional – o chakra do coração. ² René Descartes foi um filósofo, físico e matemático francês. Foi uma das figuras-chave na Revolução Científica, por vezes chamado de “o fundador da filosofia moderna” e o “pai da matemática moderna”. É considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental.
Como apêndice, abaixo vos deixo o fruto do meu trabalho com música medicinal, o álbum “ImerSÃO EUfônica MeditaSOM”, ou simplesmente, “São Eu SOM”
Um álbum preparado com muito carinho, amor, dedicação e com a verdadeira aplicação da essência da medicina vibracional e as propriedades físicas e metafísicas do SOM e da MÚSICA DE CURA.
Gravado durante sessões terapêuticas e vivências meditativas, o álbum conta com uma vasta gama de instrumentos como flautas ancestrais, tigelas cantantes, cítara indiana, tanpura, sinos dos ventos, harpa, didgeridoo, violão, sintetizadores e muitos outros, além dos sons da natureza em sua plenitude de cura.
Composto por vinte músicas mas apresentado em uma faixa única, “SÃO EU SOM” tem a proposta de ser ouvida, de ser sentida e experimentada como uma única peça, durante vivências meditativas, jornadas espirituais, meditações individuais ou em grupo, como trilha de fundo para o repouso, durante momentos de estudo, trabalho ou lazer, podendo ser ouvida também com a utilização de fones de ouvido, em estéreo, para um melhor proveito terapêutico das ondas binaurais, dos tons isocrônicos e toda extensão vibracional e de harmônicos.
Uma experiência vibracional de cor e som para a promoção da saúde, do equilíbrio, da serenidade psíquica e emocional, do bem-estar, da paz interior, para restaurar as funcionalidades fisiológicas, bioquímicas e orgânicas, bem como para a regeneração celular e ativação das partículas conscientes de luz e também para harmonizar e afinar os chakras e para integrar nossa tríplice existência – o corpo a mente e a alma.
O álbum está disponível gratuitamente nas principais plataformas digitais de música, bem como no youtube, no link abaixo.
Façam bom proveito e sintam essa vibração de paz e cura chegar até vocês!
Para artigos suplementares sobre medicina tradicional chinesa, Tao Yin e música medicinal acesse o www.taoyin.org
Por RAFAEL ROSSETTO PELISSARI