Rasgava o véu de dezembro
e as entranhas da minha mãe
O Natal e Eu
em sintonia,
pelas mãos do artífice criador
(a gênese)
comungando por desígnio
a palavra
com fome de amor
e poesia
O Natal e Eu
no prelúdio da vida
sob unção dos guardiães
brindávamos a noite
que trouxera luz
ao útero sa(n)gra(n)do
das mães
O Natal e Eu
no propício ato de habitar
(a orbe)
num enlace de magia
era verso e universo
que face à profusão da fé
e o fio umbilical
na teia da vida urdia
Por RILNETE MELO