“Não é preciso entrar para a história para fazer um mundo melhor.”
Mahatma Gandhi
Todos somos seres históricos, fazemos e vivemos histórias diariamente, caminhamos por trilhas desconhecidas ou por rotinas já esquematizadas.
Cada um de nós costura sua colcha de retalhos, cheia de significados, dores, alegrias, preenchimentos e faltas. Nessa costura, contar e ouvir histórias é próprio do ser humano e em qualquer espaço que se chegue, há alguém contando algum fato, presente, passado ou anseio de futuro.
Talvez nos falte perspicácia para reconhecê-las, as histórias, os mais diversos personagens que pelas ruas vão seguindo e deixando suas marcas, seu simbolismo anônimo.
A propagação de histórias que aparecem em livros, salas de teatros e cinemas são tão significativas quanto as que atravessam o asfalto.
O brilho no olhar dos que escutam e dos que contam é o mesmo, o poder curativo que as narrativas conseguem transmitir é algo imensurável e a arte passa a ser instrumento de humanização de pessoas sendo elas de diferentes povos, regiões e classes.
É importante levar as histórias aos que estão em espaços periféricos, e é também preciso valorizar e incentivar que estes espaços tenham voz e vez, que sejam escutados e respeitados em suas narrativas, trazendo à tona diversos saberes, tão simbólicos e que fazem parte do viver de tantos no mundo, reconhecendo sua identidade e seu saber ancestral.
Meu coração
é cheio de pássaros.
Por isso
nunca me dei bem
com gaiolas.
Sérgio Vaz
O SENHOR DAS MONTANHAS
Por JOY SANTANA