AUTOPOIESE E NARRATIVAS – Mulheres no Cinema e seus legados como atrizes

AUTOPOIESE E NARRATIVAS – Mulheres no Cinema e seus legados como atrizes

 A Coluna “Autopoiese e narrativas” tem a finalidade de apresentar conteúdos inspirados no momento atual, trazendo considerações do antes, do agora e das possibilidades do depois, abrindo espaços para que o leitor (a) possa aprofundar e tecer suas reflexões em diferentes momentos. Esperamos que esse espaço possa trazer uma dinâmica na Autopoiese do leitor(a) a partir das escritas provocativas inspiradas em prazerosas conexões com a pesquisa de cada tema produzido nesta Coluna. Queremos estimular o imaginário para o olhar sensível a partir do que escrevemos intencionando livres formas de pensar e lidar com a vida, no processo de autocriação, autoprodução. Conceituando “o título podemos dizer que; Autopoiese – Poesis é uma palavra grega que significa produção”. Um termo ligado a Teoria Autopiética de Humberto Maturana biólogo chileno que defendia em sua teoria todas as dimensões do ser humano, em total integração do corpo e do espírito, e do ser com o ato do fazer. O objetivo principal desta coluna é apresentar uma proposta de interação com o desenvolvimento dos sentimentos, aberturas do coração, aprimoramento das concepções e ideias. Para tanto, é necessário a criação de textos acolhedores, desafiantes, amorosos em contínuo diálogo com o “Ser” que vive em um sistema dinâmico em uma composição autopoiética do mundo contemporâneo, de maneira abrangente e sistêmica.

 

MULHERES NO CINEMA E SEUS LEGADOS COMO ATRIZES

 Essa primeira narrativa da coluna Autopoiese e Narrativas, tem a sua inspiração o dia 8 de março o mês Internacional da Mulher. Uma data internacionalmente comemorada. No ano de 1957 deste mesmo dia, 130 mulheres foram carbonizadas dentro de uma fábrica, quando manifestavam e reivindicavam seus direitos, e essa data é oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

 Destacamos algumas musas eternas de uma época do cinema de Hollywood, como também do cinema brasileiro. Todas com talentos, beleza e premiações por suas atuações. As narrativas desta pesquisa documental estão ligadas aos filmes, histórias de vida e nossas reflexões.

 Nos detemos em atrizes emancipadas para a sua época com as quais fazemos a conexão com o contexto contemporâneo.

 Selecionamos algumas atrizes que para nós foram eternizadas pelos filmes da época de ouro de Hollywood, a partir de pesquisas em vários veículos de informações que abordam o tema desta coluna “Mulheres no cinema e seus legados como atrizes”. Foi possível conhecer um pouco destas musas, que inspiram outras presenças femininas no meio cinematográfico.

 É importante mostrar como essas atrizes estimulam, sugerem, delineiam determinadas formas da existência feminina em relação ao mundo contemporâneo. Assim, destacaremos um pouco de cada uma, seus filmes e as dimensões que caracterizam os aspectos importantes de suas trajetórias, refletindo seus momentos, em suas autopoieses.

Marilyn Monroe

 Marilyn Monroe (1926 – 1962). A atriz e cantora era ícone de popularidade no século XX, um dos maiores símbolos sexuais do cinema já produzidos por Hollywood. Sua aparente vulnerabilidade e inocência, junto com sua inata sensualidade, a tornaram querida no mundo inteiro. Ao mesmo tempo em que ás vezes se mostrava como uma menina frágil e inocente era uma mulher irresistivelmente sedutora. Foi desejada por muitos com a sua imagem pública pautada no excesso, na exuberância, no modelo perfeito da beleza e de mulher envolvente. Foi à beleza que levou Marilyn Monroe ao apogeu e à ruína. Aprisionada por sua personagem não teve ferramentas para desprender-se da vulgaridade dos que a olhavam e lhe tinham apenas como uma imagem, como um objeto de desejo. Uma mulher muito bonita, de voz calorosa, mas a bela musa se deixou levar pelas forças da própria beleza. Glamorosa morreu enquanto dormia com a pouca idade de 36 anos em cinco de agosto de 1962.

 Marilyn Monroe participou de filmes em que é possível descobrir qualidades, alguns até notáveis, mas que são hoje impossíveis de serem avaliados longe da ótica do tempo e dos preconceitos ali fortemente arraigados, explícitos nos enredos dos filmes “Como Agarrar um Milionário”, “Os Homens Preferem as Loiras”, “Quanto Mais Quente Melhor”, “Torrentes de Paixão”, “O Pecado Mora ao Lado”, que registrou a famosa cena do vestido levitado da musa, entre inúmeros outros.

 Uma atriz que parecia um cristal, bela e frágil ao mesmo tempo. Mas que continua a encantar com seu talento e a fascinar com a sua beleza única.

Vivien Leigh

 Vivien Leigh (1913 – 1967). A beleza física de Vivien Leigh é indiscutível e seu talento foi reconhecido com dois Óscares. Mas enfrentava e possuía o transtorno psicológico conhecido como “Transtorno afetivo Bipolar”. Naquela época, era chamado de “maníaco depressão” e o único tratamento disponível eram choques elétricos. Transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo. Sua característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia. Uma bela atriz também com suas fragilidades, vazios e fardos, em meio ao universo de luzes, camuflando uma felicidade sombria.

 Vivien Leigh nasceu em 1913, na Índia, filha de uma família rica. Cresceu na Inglaterra, estudando em internatos longe dos pais. Casou-se e teve uma filha antes de completar 20 anos, mas já era uma mulher determinada a ter uma carreira como atriz. Algo escandaloso para a época, quando se esperava que as mulheres ficassem em casa. Conseguiu entrar para o teatro e foi sucesso imediato. Desafiou a sociedade conservadora de seu tempo ao deixar o marido e a filha por um homem casado, o ator Laurence Olivier, para viver uma história de amor digna de livros de romance.

 Com Scarlett O’Hara, no filme “ E o vento levou” Vivien Leigh tornou-se uma estrela mundial e uma lenda do cinema. Foi à primeira inglesa a ganhar o Oscar no cinema americano.

 Mas uma vida a dois exige entusiasmos e alegrias, em parceria e estímulos pelo brilho que o outro alcança. Um amor receptivo que deve buscar paz e harmonia, não deve existir gaiola de ouro. A fama tanto para o homem como para a mulher, precisa ser entendida como o resultado de um bom, magnifico desempenho profissional. O ator Laurence Olivier admitiu em sua autobiografia que se incomodava com a superioridade da esposa Vivien Leighem frente às câmeras. Para ele, ela foi uma das melhores atrizes que viu, mas não foi respeitada como deveria ter sido. A pressão desta competição entre eles contribuiu para o estresse entre os dois, prejudicando a relação.

 E o vento Levou um clássico de Margaret Mitchell. O filme trás assuntos como a escravidão, à guerra-civil americana pela abolição, o estado de calamidade das pessoas por causa da guerra e principalmente como a personagem Scarlett O’hara enfrenta tudo isso. É impressionante história da bela protagonista e de sua transformação de jovem impetuosa e mimada em mulher prática e disposta a tudo para conseguir o que deseja. Frustrada por não conseguir se casar com Ashley Wilkes, Scarlett acaba se envolvendo com o charmoso aventureiro Rhett Butler, com quem viverá uma das histórias de amor mais célebres e conturbadas da literatura.

 A protagonista Scarlett O’hara, uma personagem rica com personalidade egoísta, manipuladora e impulsiva, entretanto muito perseverante.

 Durante as experiências de vida, também aprendemos como as paixões do coração são fortes e podem determinar a resiliência para o alcance de nossos projetos pessoais. Existe um refúgio entre a personagem Scarlett O`hara e a fazenda de Tara, que é seu ambiente privado quando os problemas parecem ser irresolvíveis.

 Afinal de contas quem de nós não tem um Jardim secreto?

Elizabeth Taylor

 Elizabeth Taylor (1932 – 2011). Foi uma das maiores estrelas de Hollywood. Nasceu em Londres, no dia 27 de fevereiro de 1932. Em 1939, mudou-se com a família para os Estados Unidos.

 Famosa por sua beleza, pela cor dos olhos e pelos muitos casamentos e divórcios. Liz também foi reconhecida pelos inúmeros personagens que lhe rendeu prêmios e indicações. Aposentada em 2003, devido aos seguidos problemas de saúde, a atriz teve outro papel importante na vida: a ajuda constante para as vítimas da AIDS. (RC). Foi à primeira atriz a receber US$ 1 milhão por um papel em um filme, no caso o título foi Cleópatra (1963). Apaixonada por perfumes vários ficaram conhecidos como seus: Passion (1987), White Diamonds (1991), Diamonds and Rubies, Diamonds and Emeralds, Diamonds and Sapphires and Black Pearls (1995). 

 No filme, que Elizabeth Taylor interpreta Cleópatra Rainha do Egito, desenvolve sonhos megalomaníacos de dominar o mundo com Cesar, que por sua vez deseja tornar-se rei de Roma. Um sucesso de bilheteria instantâneo que trouxe a lendária atriz Elizabeth Taylor no papel da famosa Rainha Egípcia.

 Por fim, um dos fatos mais conhecidos a partir do filme é que o envolvimento amoroso entre Cleópatra e Marco Antônio acabou ultrapassando a mera atuação da dupla que interpretou os personagens. Elizabeth e Richard Burton (que deu vida ao líder romano) se apaixonaram na vida real, ainda que ambos fossem casados na época. Uma decisão que se tornou um escândalo em Hollywood.

 Mas o que seria do cinema sem as nossas musas, com suas beleza de deixar os corações em ritmos acelerados, o que seria sem o charme e o talento que admiramos e que vivem em nos sas memórias. Podemos ainda citar as grandes divas: Audrey Hepburn, Jane Fonda, Brigite Bardou, Catherine Deneuve, Sophia Loren, Grace Kelly, Ingrid Bergman, todas glamorosas na sua época.

                                                                        

 

 

 

Audrey Hepburn

Sophia Loren                  

Jane Fonda                 

 Grace Kelly

 

Brigite Bardou

 Ingrid Bergman

 

Catherine Deneuve

 Vivien Leigh

 A presença do feminino no cinema brasileiro

 Nesta narrativa inicial da nossa Coluna, na 12ª edição da Revista The Bard, estamos conforme escrito anteriormente, homenageando as mulheres musas do cinema Internacional e Nacional no “Dia Internacional da Mulher”. Diretoras, produtoras, roteiristas, fotógrafas, atrizes, têm contribuído, para enriquecer a cinematografia nacional com seus talentos, criatividades e dedicação à sétima arte.

 O cinema brasileiro tem se tornado mais inclusivo para o mundo feminino pelo desejo e aprimoramento das mulheres, cada vez mais conscientes de sua condição de maturidade profissional donas de suas próprias narrativas. A mulher deixa a partir de suas conquistas de ser objeto de desejo do outro, para ser o seu próprio desejo. Mesmo ainda com barreiras marxistas. “O olhar masculino determinante projeta sua fantasia na figura feminina, estilizada de acordo com essa fantasia. Em seu papel tradicional exibicionista, as mulheres são, simultaneamente olhadas e exibidas, tendo sua aparência codificada no sentido de emitir um impacto erótico e visual de forma a que se possa dizer que conota a sua condição ‘para ser olhada.” (https:// valkirias.com.br/representacao-feminina-cinema-brasileiro/).

 Muita coisa mudou, outros ciclos vão delineando dias melhores para o espaço da mulher no cinema, com novas possibilidades na retomada dos sonhos possíveis.

 Ressaltamos os estereótipos que as mulheres sofriam na década de 1930 na indústria cinematográfica no Brasil. A própria Carmen Miranda é um exemplo disso, recebendo o estereótipo de latina burra de grande apelo sexual em Hollywood, não muito diferente do que acontecia no Brasil com outras atrizes. Mas a força, a inteligência levou a mulher dos novos tempos a mostrar sua maravilhosa capacidade criativa, com coragem e autoconfiança, saindo do patamar do descrédito.

 É perceptível que, embora tenha evoluído de forma considerável a partir da década de 1960, muito do que hoje conhecemos sobre a história do cinema brasileiro este foi concebido por uma ótica machista, cuja relevância ainda se mantém muito forte na indústria do entretenimento. Muitas foram às mulheres que estiveram nesses espaços, sobretudo como atrizes, mas poucas são aquelas que são celebradas até hoje ou que foram devidamente celebradas no passado.

 

 Novos Paradigmas

 Para Platão, paradigma significa modelo ou regra. Para Aristóteles é o argumento que pode ser generalizado. Cada época carrega um tipo de paradigma, por um conceito particular que determina o tipo ideal de modelo a ser seguido pela investigação científica. Trazemos novos paradigmas aqui, por versar sobre um tema e seus novos debates, novas ideias, novas articulações, novas reconstruções teóricas, novas formas de olhar…

 Novos cenários surgiram a partir da década de 1970 no Brasil a partir do fortalecimento dos Movimentos Feministas que demandavam reivindicações tais como o fim da desigualdade entre os gêneros no campo do trabalho, da educação e reprodução no contexto sócio – cultural. Ao longo dos anos, esta luta por direitos de igualdade, construiu uma significativa representação da imagem da mulher na sociedade, buscando ultrapassar a imagem tradicional e estereotipada, advinda de forças patriarcais e machistas (RODRIGUES, 2009).

 A mulher constrói sua emancipação e busca a posição de um sujeito político, conquistando maior notoriedade e visibilidade no contexto da sociedade. O impacto do feminismo na modernidade foi então um dos movimentos que contribuiu para o debate da posição da mulher, transformando sua imagem de fragilidade e submissão em um novo perfil com capacidades e competências.

 O cinema é responsável pela produção de imagens, produz também imagens que convergem em afetos e significados que posicionam o espectador diante da formação e construção de ideias e conceitos, portanto, é possível considerar a forte relação entre o cinema e a construção de identidades, comportamentos, pensamentos, ações e representações da vida cotidiana. Assim, compreende-se que o cinema, ao produzir imagens, confere-se em uma tecnologia de processos de subjetivação, uma vez que, as imagens são bases fundamentais para a construção de gêneros. Vale lembrar-se das novas leituras que ao longo do tempo foram surgindo em relação à corporeidade e o imaginário, que trabalha com as imagens visuais internas. A arte cinematográfica tem uma grande participação no trabalho com o corpo, com as emoções, vestuários buscando melhor nitidez do cenário. Diante disto, o cinema é responsável pela imagem da mulher atriz, sem complexos de inferioridade, sem deixa-las em segundo plano.

 A partir das narrativas apresentadas desejamos que novo paradigma acerca da mulher no cinema possa trazer compreensões de que ao atuar em uma cena, a mulher atriz tem um corpo que interage com sons, imagens e escritas, que subjetivamente traduzem de dentro para fora desejos, sensações e percepções do mundo. Podemos dizer que este é um paradigma contemporâneo que abre perspectivas para que possamos conhecer na arte cinematográfica criações das artes de interpretar e sensibilizar com sentimentos especiais como o do amor.

 

 Algumas das Musas inesquecíveis do cinema brasileiro

 Nosso país tem uma rica tradição em telenovelas, e muitas destas atrizes alavancaram suas carreiras através de participações em novelas e minisséries. Contudo, no cinema merecem também serem lembradas. Citamos algumas destas atrizes dentre tantas outras.

 Berta Loran (1926). nascida em Varsóvia (Polônia), mudou-se para o Brasil aos 11 anos de idade e ingressou no teatro no início da década de 40. A estreia no cinema veio em 1955 em Sinfonia Carioca.

Berta Loran

 

 Dercy Gonçalves (1907-2008). Iniciando a carreira no teatro de revista, ficou conhecida sobretudo por sua participação em produções nas décadas de 50 e 60, sendo reconhecida pelo Guinness Book como a atriz que teve a maior carreira na história mundial. Seu bom humor e irreverência fizeram dela uma das atrizes mais queridas de todos os tempos.

Derci Gonçalves

 

 Yoná Magalhães (1935-2015). Iniciou a carreira na TV Tupi em 1954, onde fazia pequenos papéis de figurante. Após participar de muitas produções teatrais. No cinema participou de filmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol, Opinião Pública (1967) e Alegria de Viver (1958).

Yoná Magalhães

 

 Zezé Motta (1944): Uma das atrizes mais carismáticas do Brasil participou de filmes como Vai trabalhar, vagabundo (1973), Ouro Sangrento e Anjos da Noite. Seu maior sucesso veio com Chica da Silva (1976), filme que a consagrou internacionalmente.

Zezé Motta

 

 Glória Menezes (1934). Em 1962 participou do filme O Pagador de Promessas, onde atuou ao lado de Leonardo Vilar e Anselmo Duarte. A partir da década de 70 dedicou-se mais à televisão, se tornando uma das atrizes mais queridas das telas. Outros filmes: Lampião, o Rei do Cangaço (1964), O Descarte (1973).

Glória Menezes

 

 Ruth de Souza (1921): Iniciou a carreira em 1948 quando estrelou “Terra Violenta”. A partir daí, sua atuação prossegue no cinema em diversas produções das três empresas cinematográficas brasileiras: Atlântida, Maristela Filmes e Vera Cruz. A atriz concorreu ao prêmio de Melhor Atriz de Veneza por sua atuação em Sinhá Moça (1953). Outros filmes de destaque: “Ravina” (1958), “Assalto ao Trem Pagador” (1962).

Ruth de Souza

 

 Dina Sfat (1939 – 1989): Quando chegou ao cinema, já tinha vários prêmios por suas atuações no teatro. Dentre filmes de sucesso vieram Corpo Ardente, de Walter Hugo Khouri e Macunaíma. Seu último filme foi O Judeu que só estreou em circuito depois da morte da atriz.

Dina Staf

 

 Fernanda Montenegro (1929): A grande dama do teatro participou de um dos filmes mais aclamados do cinema nacional. A estreia nas telas veio em A Falecida (1965), uma adaptação de uma peça de Nelson Rodrigues. Foram mais de 30 filmes, dentre alguns podemos citar Em Família (1970), Joanna Francesa (1973) e Eles não usam black-tie (1981).

 Destacamos o glamour das palavras da Atriz Fernanda Montenegro: Tenho a crença de que a vida existe desde o início. A nossa sociedade vê a mulher na menopausa como apenas um instrumento em finitude. (http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/)

Fernanda Montenegro

 

 “O que trazemos para o leitor (a) neste primeiro escrito de nossa coluna “Autopoiese e Narrativas” é a somatória de olhares múltiplos os quais expressam nossos achados pesquisados permitindo-nos apresentar alguns perfis das nossas atrizes brasileiras”. Estabelecemos um diálogo tecido a partir da trajetória talentosa da mulher atriz na arte cinematográfica.

 

 Para todas as mulheres que fizeram de sua arte cinematográfica uma eterna celebração

 

Inicio com as palavras de (Gutiérrez, Francisco. 2006)

 

“promova a vida, a partir da cotidianidade, onde o requisito essencial prévio é sentir a vida, mas senti-la visceralmente, amando-a, desfrutando-a, cantando-a e celebrando-a.”

 

 Diante da citação acima podemos afirmar que trazemos conosco a possibilidade de percebermos o mundo refletindo nossas aprendizagens, conquistas e entusiasmos. Assim as palavras do autor sobre o viver, ser celebridade significa que é necessário pensar não só com a razão, mas com os olhos de sensibilidade, buscando compreender o contexto do passado que influencia o contexto presente. Cada mulher tem o seu jeito próprio de ser e de se manifestar, no seu tempo e momento. Todas precisam de atenção, dedicação, carinho, afetividade, sensação de alegrias, sensação de saudade, e que seus medos não sejam interpretados como fraquezas, mas sim como uma linguagem de sentimentos e respeito por suas dedicações em suas vidas privadas e profissionais.

 

Mulheres emancipadas, vencedoras, vitoriosas.

 Todas homenageadas nas narrativas desta coluna. Cada uma no seu tempo descobrindo-se como uma flor a desabrochar. Afinal, se perguntam: onde eu quero chegar? A vontade de vencer sempre foi grande nas musas do cinema, seus vestidos de organzas e lantejoulas, joias e festas, carros, amores e mordomias. Para muitas nada disso teve tanto valor, com semelhanças da saída do deserto e chegar a um oásis de reconhecimentos. Rostos maquiados, morenas ou louras, olhos de atração, vestes e laços coloridos, musicais clássicos, sempre nas telas deixavam uma súbita emoção. Todas lindas, com almas lapidadas por sentimentos tão bem interpretados. Ao assistir seus filmes muitos olhares ficavam hipnotizados, pareciam brilhantes.

 

 “Debaixo da maquiagem e por trás do meu sorriso, eu sou apenas uma menina que deseja o mundo.” (Marilyn Monroe https://www. google.com/url)

 Tempos lindos tempos de glamour, atrizes fantásticas, repletas de Arte. Descrever suas transcendências não seria simples, mas trazer nessas narrativas suas fascinantes histórias me levou para uma viagem fascinante!

 A todos, muitíssimo grata!

 

O amor de uma mulher

Chega de mansinho
Como brotos de flores
Que aparecem nas janelas
Perfumando seu coração
Com amor de todos os tamanhos.

Mulher de amor
Tão bela quanto à natureza
Carinhosa como um beijo de doces desejos
Tudo nela é intenso
Deixando suspiros
Nas bocas dos desejos.

Em suas mãos
Tudo se transforma em ares de felicidades
Sempre amante do amor
É tão infinita de afetos
Também dengosa e amorosa
E livre para amar como quiser

Amor de mulher
Tem verdades aquecendo o amado
Quando ela diz que ama
O céu se abre

E lá das nuvens
Soam os sons de uma orquestra
Com a música, dos sonhos possíveis.

Bonitas, cheirosas
Cheias de ternuras
Com o seu amor
Deixa o dia amanhecer
Em paz e belo
Como um beija-flor
Em um ballet
Maravilhado com o colorido
Do amor, de uma mulher.

Tem amor nascido nas luzes do sol
Como o brilho interminável de seus olhos
Abrindo sorrisos adormecidos
O amor de uma mulher
Não usa ponto final
Porque é apaixonado mais do que o seu
imaginário
Vibrante e confortante
E tem asas de girassóis dourados.

 

Por STELLA GASPAR

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