Uma das coisas mais marcantes da vida moderna é a celeridade. Com isso situações crônicas se instalaram no seio social de forma danosa, mas que muitos ignoram: as pessoas não se escutam, se comunicam mal, e ao final passam se digladiando em pensamentos ao invés de lutarem por uma perspectiva melhor. Praticamente nos conformamos com a sobrevivência, ao invés de viver com intensidade.
Tudo é pra ontem. O que uma comunicação em uma missiva no passado levava dias ou semanas, passou a deixar de ser digerida e sua melhor colocação é divulgada em frações de segundo. Essa fragilidade deteriorou e muito o quanto fruímos da vida e das relações interpessoais.
Para a mulher em especial isso se traduz em problemas dobrados, porque como é de sua natureza, abraça tudo e todos e as estatísticas apontam que são as mais abatidas nessa guerra infernal da modernidade.
Mas a verdade irrefutável é que pós pandemia a sociedade se vê doente. Tudo se tornou urgente porque o tempo passou e as necessidades só ampliaram. Os preços aumentaram, a vida encareceu, mas a remuneração congelou. E a ansiedade é quase que uma nuvem densa a nutrir o povo.
Então o que dizer em meio a esse deserto emocional que todos enfrentam?! Primeiro: dê-se uma pausa!
Sim uma pausa. Ponha no papel tudo o que é urgente e te deixa ansioso e desequilibrado. Reúna tudo o que não pode mudar e o que poderia mudar. Procure reinventar as situações, desatrele a emoção dos problemas, para coloca-los em novas perspectivas e pensar como agir.
Então feche os olhos e acredite: Você não precisa controlar tudo! O mundo seguirá com suas engrenagens apesar de você, então colabore consigo mesmo, respire e pinte novas opções!
A verdade é que na vida não existem fórmulas mágicas, mas a vida moderna parece nos colocar no piloto automático, como autômatos, que não mais gerem o próprio pensar e existir. Até que um dia a vida nos atinge e reclama suas consequências.
Mas, somos mais do que um conjunto de ações lógicas para atingir um resultado! E podemos mais, se pausarmos! Pausar implica em olhar pra dentro. Pausar implica em reunir os esforços para repensar, e de repente mudar a rota, recomeçar. Implica em um esforço pessoal em se comprometer com a própria história.
Muitas vezes deixamos de ser os protagonistas da história, para compormos os bastidores! A pergunta que cabe em meio a tanta divagação é: O que eu quero de fato?! Então, pause! Seja ousado, reprograme, replaneje e recomece, hoje!
Os mais corajosos assumem as rédeas da própria história, custe o que custar! E você, o que vai escolher hoje?!
Por FLÁVIA ADINE