POETAS E POETISAS – Apressa Presa Vida

POETAS E POETISAS – Apressa Presa Vida

Enclausura em ti minha não sorte,
Sussurras em noites infinitas,
Qual voz confina taciturna morte?
Urra teu viril verbo em trêmulas finitas.

Captura minha livre pele, não tua!
Rubra-me rostos e lábios aos teus sais,
rendida, ao refém das inutilidades vivas…
Sou cega seiva morta vida de meus ideais.

Encarcerada por tua crua nua obsessão,
rude monólogo me encolho a ti,
Póstero horizonte, vem e rouba minha aflição,
Traga-me força justa memoria ao fraco coração.

Flagela minha culpa amada,
rasga minha imprópria razão,
rompe meu silêncio absurdo,
finjas e não escolha submissão.

Aprisiona teu medo sincero ,
Livra-te falta atitude,
brota em seio teu o próprio amor,
que nunca foi meu, mas por agora o quero.

Por que tardas cavalheiro sol?
quem me trará vista aos meus distantes grilhões?
Sou sombra lamento de tuas opções… Apressa presa vida,
liberta meu ar e meus gritos em mil multidões.

Por J.B Wolf

Brasília, DF – Brasil

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