A Dialética

A Dialética

 A Dialética está na vida do homem, assim como o amor está como a substância universal que conduz todas as suas ações. Do concreto ao abstrato fazendo tratos, em retratos baratos e caricatos.

 Encontrar a verdade é sua eterna busca, mesmo que para isso use da mentira cheia de artimanhas humanizadas em estilismos repletos de exageros metafísicos, que procuram nos seus segredos mais ocultos algum caminho, para formular novos pergaminhos de ontologias, repletas de vontades que vão tecendo sua alma, em busca da sua reinvenção constante, em tempos vociferados transbordando surgimentos de heróis e vilões, que se reinventarem a cada nova forma de ação, em se fazer presente de maneira escaldante, na busca incessante do conhecimento.

 A arte é uma maneira de relevar a insatisfação do seu ser, que ainda está procurando seu real significado pelo parnaso do tempo, mas que é repleto de significantes atemporais.

 Não obstante, a escritura reflete a dialética como uma artimanha de propor, “a dúvida”, como um fugaz sentimento de revolta, a lutar por caminhos idealísticos que venham a consolidar o questionar como algo natural e longitudinal, dentro do seu espiritual.

 Diria, que o questionar é uma atitude pop do nosso tempo histórico.

 Mesmo seduzido freneticamente pela a ignorância, ainda tem múltiplas díades de estar entrelaçado, a uma semântica de criticidade, em que a dialética é coirmã mais próxima da inteligência, contendo infinitos caminhos e sentidos, como também várias incertezas, mas que propicia na sua certeza, estarmos construindo uma coluna alegórica, fantasmagórica, egóica, paranóica, dióica, que possa assim fazer você meu caro leitor um ator, em esmiuçar a cada linha, a criar universos de interpretações livres e provocativas, que ao seu bel prazer, possam lhe dizer o que bem entender, mas sem ofender, mas sempre empreender a provocação em nome da razão.

 A Dialética não tem uma forma definida, e em suas indefinições, promove novas ações leitoras e libertadoras, capacitando uma subjetividade que concomitantemente confie, mas ao mesmo tempo desconfie da mentalidade cíclica e cínica, em gerar novas dialéticas através da sua recepção estética.

 A Dialética o convida para aventurar por suas águas velozes e atrozes, para anunciar novas vozes destoantes, diante a desconstrução da palavra, gerando novos protagonistas de inteligências repletos, de decência e consciência ética.

Por CLAYTON ALEXANDRE ZOCARATO

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