Olá, meus queridos, sejam bem-vindos ao quarto da Lua!
Para escrever esta coluna, apresento-me como Lua, banhada de ousadia, vestida de desejo, revelo-me com a alma nua. Com sutileza e bom gosto, dedilha com prazer as nuances dos desejos carnais.
Eu sua Lua, sua anfitriã, nesta coluna ou melhor no meu quarto, vocês vão dividir comigo seus segredos, seus desejos mais secretos, suas histórias quentes, mas também, pretendemos analisar como esse desejo erótico, nos toca de forma tão profunda e direta, falaremos da sua evolução através do tempo, suas diversas formas de expressão. Tentaremos encontrar a essência do desejo no erótico, com sofisticação e sutileza.
Nessas quatro paredes, conheceremos muitos tipos e formas de expressões artísticas ou não, que se utilizam da sensualidade e sexualidade para se expressarem, a paixão por este desejo ancestral. Temos como exemplos o exibicionismo, fotografias, obras de arte, danças sensuais, esculturas… Nesta primeira noite, apresento a vocês a escrita erótica desde os primórdios, também lhes confiarei um conto meu e poemas e contos de mais alguns convidados, nas próximas noites sempre haverá uma surpresa nova para apreciarem, degustarem e se apaixonarem!
Contexto histórico
Muitos poetas e escritores, deixaram sua marca na poesia erótica ao longo da história, tais como: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Martha Medeiros, Pablo Neruda, entre outros. Mas esta noite, quero falar um pouco para vocês sobre a rainha das Cortesãs, Verônica Franco.
Musa de pintores e artistas, Verônica Franco nasceu em Veneza em 1546, foi uma meretriz, que unia sua beleza, charme e poder da atração. Era muito inteligente, e com isso, chamava a atenção de muitos homens, até mesmo da nobreza, não apenas para sexo, mas para conversar em sua companhia.
– O que é mais sedutor que uma mulher linda, inteligente, divertida e eloquente?
A belíssima Verônica Franco era culta e refinada, intitulada “Vênus” a deusa do amor, ela além de uma companhia perfeita para os homens da nobreza, também relatava seus encontros amorosos em contos e poemas. Imaginem só, naquele tempo, na cidade de Veneza, uma cortesã poderosa, a alguns ela causava espanto, em outros admiração e em muitos, apenas desejo.
Vou deixar o link de uma pesquisa completa de Verônica Franco, uma mulher empoderada, seduzente e muito a frente do seu tempo.
“Dama que descobre os seios”
“Tão doce e deliciosa eu me torno, quando estou nas férias cama com um homem que, eu sinto, me ama e gosta de mim, que o prazer que eu trago supera todo prazer, então o nó do amor, por mais apertado que parecesse antes, é amarrado. Mais apertado ainda.”
Verônica Franco
Por CARLA GARCIA