CONFISSÕES SOB A LUA – Lembranças de um banho por Carla Garcia

CONFISSÕES SOB A LUA – Lembranças de um banho por Carla Garcia

O que seriam de nós sem lembranças? Deliciosas lembranças despertadas por gatilhos.

Gatilhos mentais são agentes externos capazes de provocar uma reação nas pessoas e tirá-las da zona de conforto.

Em outras palavras, são estímulos que agem diretamente no cérebro.

Um perfume, uma voz, o tempo… Exatamente idêntico, ao daquele dia.

Esses gatilhos levam a nossa mente, no exato momento daquela lembrança, tão vivida e nosso corpo responde a ela, as mãos transpiram, as pupilas dilatam, a boca seca, as pernas tremem e as entranhas, se contraem…

Deitada, na mesma posição que daquela manhã e sentindo um leve cheiro de café novo, ela se lembrou de um banho e o relatou a mim, confio agora a vocês, essas lembranças.

 

Lembranças de um banho

 

Levemente acordada, meio descabelada e vestindo apenas deliciosos lençóis de algodão, me encontrava de bruços em sua cama.

Ele já havia levantando.

Completamente nu, com uma xícara de café na mão, sentou-se ao meu lado.

Despertou-me com um beijo quente e gostoso no pescoço, logo abaixo da orelha, me convidando para juntar-se a ele no banho.

Preguiçosamente abri os olhos e me virei para aquele sorriso atrevido, não consigo distinguir se via um menino travesso ou homem faminto.

Só sei que era muito sedutor.

Tudo nele me seduzia, sua voz, suas roupas, sua maneira segura de ser e se portar, até mesmo a forma que segurava a xícara era sedutora, dedos longos e firmes, em volta da porcelana branca.

A sedução exalava por seus poros, e a transcrevia lindamente em seus poemas, é um romântico incurável e amante das formas femininas.

Como dizer não para um homem desse?

Sabe bem como tratar uma mulher.

O convite para o banho era apenas um pretexto para ter mais do que já tivemos a noite passada.

Em minutos já estava me beijando ardentemente, com seu corpo, me pressionava ao vidro do box, senti o gosto do café dançar na minha língua.

Assim como a água quente do banho, suas mãos passeavam por todo o meu corpo.

Apenas com o tato, ele venerava minhas curvas e vales, me sentia desejada, adorada e com vontade de satisfazer aquele homem.

Soltou a minha boca e foi dar atenção a um mamilo rosado e enrijecido que estava beliscando segundos atrás.

Com dois dedos abria o meu sexo e por diversas vezes o penetrava vagarosamente.

Tive que me apoiar nas paredes de azulejos para me equilibrar, pois minhas pernas trêmulas, começavam a falhar.

Sentindo o meu clímax chegando, ajoelhou-se e me tomou em sua boca, para embebedar-se do meu gozo, saborear e se lambuzar de toda a minha essência e prazer.

Deliciosamente, me derramei em seus lábios.

Com cara de perverso e satisfeito, um sorriso malicioso e os olhos brilhando, me disse:

 “Bom dia amor!”

Por CARLA GARCIA

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