Desejou Deus e o fez.
Gemeu o mundo na criação, gemido de êxtase no nascimento do universo,em explosiva emoção do esplêndido .
Forma luz astros cor detalhes do gesto Criador.
Seres e oceano seres e atmosfera seres e floras…
céu e terras.
E a oposição se fez negrume, enquanto vida era lume.
Jamais desocupou trevas, antes e antes do antes.
Para vencer o desafio de desafiar escuridão e sombras,
aglomeração de nuvens, névoas…que cobrem os olhos
das agonias de solidão e melancolias…
Criou o Artífice bem assim.
Estrelas infinitas estrelas. Areias incontáveis areias.
Águas tantas águas
Macho e fêmea
Homem e mulher
Espírito e alma
Amor que quer gestos contínuos.
De vidas e mais vidas.
Homem Adão dos homens. Mulher Eva das mulheres.
Desafiando a própria Criação indiscutível
e a continuidade foi vencer incredulidade pela manutenção da vida. Crer na invencibilidade às afrontas quaisquer.
Durante a caminhada da vida, passa-se por
percalços em aflições, lágrimas caídas, sorrisos deixados,
dores esquecidas, amores negados. Tudo anotado.
O desafio maior do existir é o nascer, a afronta maior do existir é se despedir desta existência. É pacificar a própria consciência. Verdades absolutas e resolutas de si.
O desafio superior é o renascimento.
trata-se de luta contra hostes espirituais da maldade,
no vencer a iniquidade, crises de realidades, desejos intensos, ambiguidades; tudo pela verdade da Alma.
É quando se encontra a liberdade do que se conseguiu,
não se agiu, existiu, partiu… É quando se alcança a liberdade do rigor, das lâminas de adagas afiadas à vida.
E o amor buscou do corpo o adeus sincero e além dele sorriu ao Eterno. O amor além-corpo se alça ao voo, no desafio supremo do renascimento.
O sentido da morte é já ter sido vencida, é o sentido divino à vida.
Transcende o homem como co-autor da própria história, pelo Consumador de sua fé, de sua Eternidade.
No final do vital desafio a Vitória da vida pela Vida.
Por RUTE ELLA DOMINICI