A cada edição da Revista The Bard um desafio é lançado na coluna “E aí, qual é o Filme?” E na 23ª Edição não poderia ser diferente!
O colunista Lauro Henrique preparou um texto cheio de dicas e mistérios acerca do filme em questão, leia-o atentamente e arrisque o seu palpite. O leitor que decifrar o mistério escondido no texto e comentar corretamente o nome do filme aqui neste post.
O ganhador irá levar o livro da Autora Clarissa Pinkola Estés: MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
Regras de participação
- Para participar, basta comentar corretamente o nome do filme do seu palpite junto com o link da sua rede social aqui neste post na aba COMENTÁRIOS.
- O prêmio será enviado via correios para o ganhador, que deverá entrar em contato com os dois perfis da Revista no Instagram e informar seu endereço dentro de 48 horas após o lançamento da Revista.
- Caso o ganhador não envie o endereço dentro deste prazo, não haverá ganhador do prêmio na edição, apenas do desafio no post da Coluna.
- O perfil da rede social do ganhador deve estar aberto, para que o mesmo seja comunicado do resultado do desafio. Caso esteja fechado, o mesmo será desclassificado.
E aí, qual é o filme?
Questão, Hercule Poirot, Dana Scully, Fox Mulder, L, Rorschach, Tintim, Sam Spade, Maigret, Batman ou o lendário Sherlock Holmes? Será você o próximo grande detetive?
Escuridão, Luz e Amizade
Este filme é especial para mim por diferentes motivos. Sabe quando você lê um título de algum livro, filme, cartaz etc., mas percebe que na hora não é o imaginado? Foi deste modo a minha experiência a primeira vez que eu assisti a este clássico.
Já deixo a primeira pista: é um filme premiado, famoso e bem conhecido dentro de certos grupos culturais. Ele mexe com o coração das pessoas em âmbitos diversos porque reflete o medo do ser humano do diferente. É impossível recomendar para todos os públicos visto que alguns aspectos da produção não agradam certos gostos. Minha mãe, por exemplo, não assiste este “tipo” de filme.
Voltando a produção, minha próxima dica é: o filme tem várias cenas de batalhas e confrontos impactantes. Não é aquela violência desmedida, sem sentido, mas sim com um toque suave que revela o pretexto do porquê de batalhas serem travadas e o porquê de outras não. Os personagens: protagonistas, antagonistas, vilões, bem como o enredo caminham juntos para trazer uma mensagem sobre a natureza da humanidade e o quanto ela precisa mudar para chegarmos à paz. Não vou negar para vocês que as cenas de ação me prenderam bastante, sobretudo nas cavalgadas em meio a floresta densa e misteriosa.
Sobre o cenário, posso dizer que é gótico, sinistro, cheio de elementos que a Literatura do medo adora. Pessoas perversas, vilões “monstruosos”, locais inexplorados, seres que vivem no limite entre compaixão e maldade, tudo completa este contexto social aterrorizante e desafiador. Não pode ser diferente, pois para trazer o lado ganancioso e assustador do ser humano é preciso tirá-lo de sua zona de conforto com dilemas morais e jornadas de autodescobrimento.
Vamos para um pouco sobre a história: Refinada, triste, com elementos de solidão e abandono, mas tudo regado com doses de ação e amizade para contrabalancear. Inclusive, a amizade é uma palavra que define bem este filme porque os personagens que fazem a trama caminhar possuem amigos em contextos muitos diferentes. Felizmente, a mensagem de perdão e entendimento do outro faz com que muitos dos conflitos se resolvam sem tantas perdas.
Um último tópico para finalizar este enigma é pensar sobre a humanidade. O amadurecimento dos personagens, a conclusão que eu chamo de épica em meio de tantos confrontos e a finesse com que o diretor costura os elementos do respeito e entendimento do outro como mecanismos para evolução da sociedade são, a meu ver, perfeitos. Trago também um breve comentário sobre a direção do filme: nunca erra! Boa sorte prezados leitores, quando sair a resposta deste enigma, se você ainda não assistiu este filme, corre lá porque é imperdível.
Por LAURO HENRIQUE