Sozinha, na tristeza dos meus dias,
contemplo a porta aberta, a liberdade…
O peito dói, saudade que me invade
e inunda as madrugadas bem sombrias.
Lá fora, um mundo intenso de alegrias
impera um renascer que nunca evade.
Sou pássaro tristonho, enfrento a grade,
e não sei ocultar as mãos vazias…
À noite, quando deito em minha cama,
a realidade surge e se esparrama —
o incerto se aprofunda em minha mente!
Senhor, perdão, o amor ainda é chama,
dentro do coração e se derrama,
nos versos que componho eternamente…
Por JANETE SALES DANY
São Paulo/SP