Quando me vejo em teu olhar, menina,
Desejo me banhar no amor que sinto;
Tocando a tua boca bailarina,
Num beijo terno. A taça e um vinho tinto,
Sobejam o sabor do puro instinto.
A chama acende o brilho que fascina,
Fazendo, em brasa, arder o breu faminto:
Os que amam compartilham dessa sina.
O tempo então, transforma-se em algoz
E assim, tragados pelo nosso enleio,
Sentimos o pulsar da noite… a sós.
A treva ganha cor – a vida – voz,
Quando a paixão, tornando-se um gorjeio,
Embala o sentimento vivo em nós.
Por EUFRASIO FILHO
Fortaleza/CE