Deixei cair, mas sem querer – é claro!
O que farei, então? Nem acredito…
Eu derrubei o vaso mais bonito
E agora, olhando os tantos cacos, paro.
Estou com muito medo… estou aflito!
Era algo valioso, artigo caro;
Não posso mais sequer fazer reparo…
Desesperado, aqui, sozinho, grito.
E tomo um choque de realidade
Ao me despir da nítida vaidade
E planejar as próximas ações…
Levanto e saio em vagarosos passos,
Deixando para trás os estilhaços
Das minhas velhas, doces ilusões…
Por GILLIARD SANTOS
Fortaleza/CE