Enclausura em ti minha não sorte,
Sussurras em noites infinitas,
Qual voz confina taciturna morte?
Urra teu viril verbo em trêmulas finitas.
Captura minha livre pele, não tua!
Rubra-me rostos e lábios aos teus sais,
rendida, ao refém das inutilidades vivas…
Sou cega seiva morta vida de meus ideais.
Encarcerada por tua crua nua obsessão,
rude monólogo me encolho a ti,
Póstero horizonte, vem e rouba minha aflição,
Traga-me força justa memoria ao fraco coração.
Flagela minha culpa amada,
rasga minha imprópria razão,
rompe meu silêncio absurdo,
finjas e não escolha submissão.
Aprisiona teu medo sincero ,
Livra-te falta atitude,
brota em seio teu o próprio amor,
que nunca foi meu, mas por agora o quero.
Por que tardas cavalheiro sol?
quem me trará vista aos meus distantes grilhões?
Sou sombra lamento de tuas opções… Apressa presa vida,
liberta meu ar e meus gritos em mil multidões.
Por J.B Wolf
Brasília, DF – Brasil