Ao soslaio, tímida – tanto o desejava;
Mesmo ainda moça de corpo não-formado,
Com pouquíssimas graças e origem brava:
Morava em casa de taipa, batia arado.
Ah… com ele viveria e morreria fácil…
Ah… se todo fio de paixão fosse fiado…
Mas, ele não a percebia – tinha outras mil
Mais jeitosas, fartas de lavoura e gado,
Tantas outras!… que nunca seriam Maria.
Fosse Alexandre seu possessor amado
Para plantar o milho no mês de abril,
Levantar calhambeque – à feira – e cercado,
Lhe colher montantes, para o almoço, de fava
E nas noitadas de lascívia gentil
Aprofundar-lhe as carícias que faltava.
Por ALYSSON BEZERRA ALEXANDRE
União dos Palmares – Alagoas, Brasil