Nem palavras nem canções
Nem gritos nem emoções
Nada será capaz de exprimir tudo que tenho cá dentro
Arde – me o peito
É um terror esse momento
Lágrimas secaram com o vento
Nem lenço nem ombro,
Não contei com amigos para colorir dias cinzentos
Dói -me os braços Acho que não me encaixo
Tanta corrida muitas feridas
Acertaram -me o peito
Um golpe perfeito
Corpo debilitado dele não saem
Nem mais forças para se defender
suportou tantos golpes e facadas
É muita queda na estrada
Pobre consciência farrapada Já nem consegue pensar em mais nada
Do rosto ensanguentado só caem lágrimas
E desta vez aonde será a próxima facada ?
Acho que fui feita para apanhar Mais um golpe não vai me matar
Diz aonde será a próxima facada? Hã ? Vou perder meu sorriso ?
Vão aumentar a dor e a dose do castigo?
Vão me matar com palavras dizendo que não valo nada ?
De que forma vão me magoar ? Já me tiram a vontade viver
Já pintaram de negro o meu ser
Diz distinto aonde? Ei ,diz aonde.. Aonde será a próxima facada?
já acertaste o coração!
eliminaste a minha canção
você me atirou pro chão
Enche o teu peito para assumir
Que me mataste por dentro
Por SANDRA FRANCISCO
Luanda – Angola, Angola