Esse insólito hálito,
De todos os últimos dias,
Não nos tornou impávidos.
Destruiu-me rimas.
Algumas, declaro,
Versos, medos, vidas, tempo frágil.
Nalgum lugar, contágio.
Já noutros, estrago.
Há dias
Em que tudo é tristeza.
Já minha estranheza
Só daqui a dias.
Sou presa reclusa
E estou presa, faz séculos.
No quanto ando confusa,
Tudo que ouço são meus ecos.
Por EKATERINA LUTROVA
São Paulo – SP, BRASIL