RECITA-ME – Bruxa por Juliana Rossi

RECITA-ME – Bruxa por Juliana Rossi

A proposta desta coluna é trazer poetas trovadores, para recitar e dar voz e vida a sua poesia!

Trago aqui um dos meus trabalhos, que foi inclusive premiado pela Prefeitura Municipal de Americana, organizado pelo Conselho Municipal de Cultura, em terceiro lugar! 

 

Bruxa

Eu, Bruxa?               

Não uso só preto

Até gosto de cor de rosa

E gatos? Amo de todas as cores.

Ervas? Adoro, para um bom chá, remédios ou temperos!

E é claro, o aroma de um bom incenso.  

Se sou má?

Depende de você!           

Sou espelho que te reflete

Sou empática com quem merece                    

Se nasci assim?      

Não meu bem.            

Nasci fada encantada          

Fui de princesa a primeira Dama.     

Mas meu coração foi maltratado e arrancado

Pelo patriarcado

Que precisa de uma mulher atrás deles para guia-los

E quando aclamados esquecem de quem esteve ao seu lado

A mulher é só um troféu, enquanto é jovem e bela

Mas se ela abrir a boca e dizer o que pensa

Não serve mais é esquecida ou intitulada de malvada

Não é submissa? É Bruxa!!!

Assim me refiz

A Princesa descartada    

Agora é a Bruxa mal falada.

Ah ah ah ah ah ah ah ah ah

Mas aceito como elogio

Pois como essas mulheres se libertaram

Por meio de suas artes

Eu também encontrei voz

Na Arte…

“A arte como base da democracia e transformação da sociedade”

Encontrei espaço e acolhimento

E posso exigir meus direitos

Inclusive me opor ao Patriarcado

Dar voz aos menos privilegiados

Pois na arte as vidas valem

Não tem raça, cor ou credo

Nem classe social ou sexo

A Arte é totalmente funcional e original

E como uma boa Bruxa ou melhor

Como uma bruxa boa

Quero fazer valer para todos

A igualdade e a equidade

E abrir portas de oportunidades

Para os até então, esquecidos pela sociedade.

Clique aqui para assistir

Por JULIANA ROSSI

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