Matam em casa
todo dia uma mulher.
a voz sufocada
pincelada de sangue
reside nas paredes
ecoa na sala o noticiário
agredindo os tímpanos
na surdez da lei
tudo é corriqueiro
mas, a dor velada das Marias
rasga a minha pele
do meu verso perplexo
arranco o silêncio enterrado no sexo
e grito na poesia.
Basta! O machismo já fede!
Por RILNETE MELO