Educado pelo trabalho dos anos
o corpo aprende as posições da espera e da fuga,
do desencontro e do abandono.
E ao umbigo – essa primeira cicatriz –
virão juntar-se
outras feridas, mudas e intratáveis.
Cada corpo tem sua história de desejos,
seu volume lentamente forjado
no embate com os ruídos do dia.
O coração
como uma ave transpassada
pela seta do silêncio.
A vida secreta das vísceras.
E a coluna como uma estante para suportar
o peso de tudo.
Mas nós mal suportamos o sobretudo.
Por Gesiel Prado
Clique no botão abaixo