Arnaldo Júlio Barbosa, nascido em 07/11/1918 em Pedro Avelino/RN, é repentista, cordelista, autor, compositor e intérprete. Foi casado com Francisca Dalva de Araújo, tendo 14 filhos e, até o momento, 48 netos, 85 bisnetos e 20 tataranetos. Lançou, aos 105 anos, o livro: “A Jovem Margarida e as Proezas do Amor”, obra originalmente manuscrita em 1947 em forma de cordel, com 143 estrofes em sextilhas e versos metrificados em redondilha maior. Reside em Brasília-DF desde 1959 e se orgulha por ter participado da construção da cidade.
Homenagem às Mulheres
A mulher tem feições encantadoras
Sua beleza ao mundo todo enfeita
Ainda se torna mais perfeita
Porque tem qualidades sedutoras
Seja preta, morena, branca ou loura
Não importa qual seja a sua cor
Rica ou pobre, como for
Ela sempre se torna mais bondosa
Por ser linda, bonita e carinhosa
Ninguém suporta viver sem seu amor
É a luz onde a maior beleza encerra
Sem mulher todo homem nesta terra
Detestaria os prazeres deste mundo
Pois a terra seria um vácuo fundo
Se faltasse a mulher que nela habita
Sem mulher toda a terra seria esquisita
Sem mulher não haveria riso e festa
Sem mulher neste mundo nada presta
A mulher é a prenda mais bonita
Eu compreendo que Deus interessou-se
Em fazer a mulher com perfeição
Pois fazendo a primeira para Adão
Deu-lhe muitas canduras, riso doce
Adão logo em vê-la contentou-se
E achou o mundo menos triste
Já por isso que o homem não resiste
Aos carinhos e agrados da mulher
A mulher fará tudo o que quiser
Por ser ela o maior anjo que existe
É de acordo que o homem trate bem
A mulher que tiver em companhia
Para dar-lhe respeito em primazia
Que a mulher bem decente sempre tem
Se a mulher é o ente que convém
Que o perfume das rosas vive nela
Deverá ser tratada com cautela
Para assim não perder sua beleza
Pois a mão da divina natureza
Quando fez a mulher foi pra ser bela
Se a mulher é bonita em toda idade
Em criança a mulher é quase santa
Quando fica moça a beleza encanta
Que parece ser irmã da divindade
A idosa aconselha com bondade
Como o Pai poderá chamar arcanjo
Como filha a mulher é quase um anjo
Como irmã a mulher também é boa
Como amante é consolo da pessoa
Que se veja em tormento ou desarranjo
A mulher é um ente de bondade
Sem mulher não haverá ninguém feliz
Se o homem é quem rima o seu País
A mulher é quem rima a humanidade
A mulher tem por si tanta bondade
Que conforta o marido ao seu lado
Ainda mesmo ele estando perturbado
Vivendo a sofrer mágoa sozinho
Sua esposa que o trata com carinho
Vive bem satisfeita ao seu lado
Honra o homem a mulher lhe estando ao lado
Já por tanto a mulher é um tesouro
Que apaga o valor de todo ouro
A mulher com seu riso apaixonado
Se a mulher é um ente delicado
Deverá possuir com o que se arrume
Se for respeitada, a mulher não tem ciúme
Viverá satisfeita e bem cuidada
Sendo, pois, a mulher flor estimada
Deverá viver cheia de perfume
Ainda mesmo a mulher estando irada
Contra os atos com julgo de esposo
Possui sempre um coração bondoso
Que chorando se torna conformada
Já porque a mulher é empoderada
E é dotada da grande paciência
E por isso tem toda competência
Para ser estimada e bem-querida
Já porque a mulher se faz em vida
Obras primas da mão da providência
LIVRO DO AUTOR
Por ARNALDO JÚLIO BARBOSA