Filme: Bingo: O Rei das Manhãs
Esse filme me surpreendeu com a sua história emocionante, de amor, de superação e de arrependimentos. A direção é de Daniel Rezende e o roteiro de Luiz Bolognesi, Vladimir Brichta foi quem deu vida ao palhaço Bingo, conhecido por Bozo.
Na década de 1980, o Bozo reinou no picadeiro nacional. De todos os nove atores que interpretaram o personagem entre 1980 e 1991, primeiro na TVS e depois no SBT, conhecido como Canal 4 de Silvio Santos, o mais famoso deles foi e é Arlindo Barreto, que deu vida ao carismático palhaço Bozo. Eu amava o Bozo! Quem aí se lembra da corrida de cavalos? De quem chega primeiro? O branco, o preto ou o malhado?
Bozo foi sem dúvida o Ícone da criançada na década de 1980 e por isso merecia um filme.
Porém, o ator levava uma vida nem um pouco infantil, com muitas drogas e orgias.
As cenas mais pesadas são baseadas em histórias que realmente foram vividas por Arlindo, mas algumas cenas foram exageradas, o que é normal na confecção de um longa.
No filme, por questões de direitos de propriedade intelectual, alguns nomes foram trocados. Bozo, por exemplo, virou Bingo. A única personagem que aparece com seu nome real é a dançarina Gretchen, uma das várias mulheres com quem Barreto se relacionou e vamos combinar que Gretchen é super bem resolvida e não tem nada a esconder.
No filme, Augusto interpretado por Vladimir Brichta conhece a produtora e diretora de TV Lúcia vivida por Leandra Leal nos testes para o papel de Bingo. Com o tempo, a relação dos dois passa do profissional para o pessoal. Durona e evangélica, ela é o porto seguro do ator no momento em que ele se perde nas drogas e no álcool.
O filme também mostra o super pai que Barreto era e gostaria de ser e a sua relação com sucesso a questão do estrelato, pois existe uma cláusula no contrato que não permite que a identidade do palhaço seja revelada, deixando Augusto com frustração de ser o homem anônimo mais famoso do Brasil.
Beijos
Por CLAUDIA FAGGI