Perdi o riso fácil, a alegria,
ao vislumbrar a nuvem da amargura
pairando sobre o céu da poesia,
impondo o medo agudo que enclausura!
A guerra começou, jamais queria!
O pranto desce, a tarde está escura,
a terra, aflita, assiste a tirania
que arrasa e risca a tétrica pintura…
O meu olhar procura, no infinito,
um tempo sem lamento, sem conflito,
mas o tormento ainda continua…
Temo a sagaz verdade nua e crua:
o mal devora e sobe num altar…
O bárbaro dizima em vez de amar!
Por JANETE SALES DANY