CONTADORES DE HISTÓRIASA busca da essência humana por Factima El Samra

CONTADORES DE HISTÓRIASA busca da essência humana por Factima El Samra

“Danço e brinco com as narrativas, a multiplicidade étnica, a ancestralidade, enfim, a busca da essência do humana através de suas trajetórias narrativas.”

 Nasceu em um lar simples, filha mais velha entre 4 irmãos e já se via e a viam de forma diferente. Na infância, buscava coisas diferentes para fazer, adorava o fazer das mãos, amava a dança mesmo sem ter qualquer referência técnica da mesma. Seu primeiro contato com as histórias foi aos 7 anos, quando uma tia a levou para ver uma peça infantil no teatro, talvez essa experiência tenha sido a sementinha para suas escolhas futuras.

 Os anos se passaram e somente com 18 anos mergulhou no universo da arte. Começou sua trajetória nas danças, depois com a arteterapia, artes no geral e a contação de histórias e assim “um novo fio foi fiado”.

 As histórias se intensificaram com a chegada de sua filha. Na gestação a embalava com as narrativas cantadas feitas para ela e depois ao nascer as histórias marcavam presença antes de seu sono. Foram descobrindo um universo novo percorrendo narrativas que inspiravam as noites e enquanto ela crescia, foram acompanhando as contações em espaços culturais.

 Em 2016 teve seu primeiro contato com um curso de arte narrativa pela UMAPAZ com Maria Cecília Ferri e para sua surpresa, pôde fazer o curso junto à sua filha, na época com dez anos, mas foi somente depois do curso básico de Contadores de histórias na Biblioteca Hans Christian Andersen que se descobriu como “Contadora Artística”.

 No curso foi buscar mais uma ferramenta para o trabalho clínico de Arteterapia, porém se deparou com uma “nova face” de si, que traz muita alegria, nutrição e aprendizado.

 “Acredito no quanto os contos auxiliam na condição psíquica e no trabalho psicoterapêutico, além de atuar como elemento lúdico e reflexivo. As histórias atuam de maneira singular, ela traz a imaginação como atividade criadora e que segundo Hilman (psicoterapeuta Pós-Junguiano) imagem é psique e criando a imagem do conto trazemos para nós um universo de símbolos e a possibilidade de ampliá-los. Possuem conteúdos arquetípicos que representam vários aspectos da psique, do sujeito e da ‘alma’.”

 Segundo ela, ouvir histórias, seja no contexto terapêutico ou em espaços culturais nos convida a fazer uma viagem a paisagens diferentes. Podemos conhecer com elas: novos mundos, lugares, aromas, sabores e saberes desconhecidos, podemos ainda nos imaginar como personagens, podendo criar e desejar novos desfechos e assim também podendo trazer para a vida.

Será que o conto conta a vida ou a vida conto o conto?

 

UMA FÁBULA SOBE A FÁBULA

 

A ÁVORE GENEROSA

 

A CHAVE DOURADA

 

CAPOQUE

Por FACTIMA EL SAMRA

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