EN DEHORS – Pas De Deux

EN DEHORS – Pas De Deux

Helen Ribeiro

Bailarina, Professora, Coreógrafa, Pesquisadora Licenciada em Dança UFMG

 Iniciou seus estudos na Dança em 2002 com a dança do ventre e, em seguida, começou a fazer aulas de ballet em 2005 do qual continua até hoje. Já participou de vários espetáculos de Balé de repertório, além de ter sido bailarina principal nos espetáculos como “Raymonda” e “Harlequinade”. Participou diversas vezes do Festival de Dança em Joinville e de vários cursos e concursos, sendo premiada em dois deles. Trabalhou na Banda Just Beat It que fazia um tributo a Michael Jackson, depois fez parte da banda baile Bloco Show e, recentemente, foi integrante da Banda e Bloco de Carnaval Baianas Ozadas e Grupo de Dança Unibhfit. Já dançou no palco com nomes como Benjamim Abras Magary Lord, Moraes Moreira, Milena Jardim, entre outros. Já fez várias aulas, oficinas e cursos de Balé Clássico, Contemporâneo, Jazz, Vogue, Danças Urbanas, Dança de salão, Jazz Funk, Danças Populares e Ritmos.

 Além de bailarina, atua como professora de dança, ensaiadora, personal dancer e coreografa ensaiando valsas de 15 anos, casamento, espetáculos de ballet e eventos em geral.

 Atualmente faz aula de balé clássico, jazz funk (dança comercial), forró, samba, tango, bolero, samba e salsa. Trabalha como bailarina comercial dançando em desfiles de moda, blocos de carnaval, shows, projetos sociais, vídeo clipes (“Deus e o Diabo “-Das Quebradas”“.), escolas, hospitais e lares de idosos. Formada em Licenciatura em Dança na UFMG, tendo estudado várias técnicas corporais e abordagens somáticas, tendo desenvolvido uma pesquisa específica com Dança e terceira idade. Promove um projeto social intitulado “Bailarinando por sorrisos” em instituições com criança e idosos.

 

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THE BARD Como a dança entrou na sua vida e o que significa o festival de Joinville para você?

HELEN RIBEIRO A dança surgiu na minha vida desde que eu era criança. Sempre gostei de dançar e criar. Juntava minha família aos domingos e cobrava ingresso de R$ 0,50 para me assistirem apresentar. Comecei com aulas regulares de dança do ventre, por conta da novela “O Clone” e, depois, aos 10 anos, iniciei o ballet clássico, onde permaneço até os dias de hoje.

A minha escola sempre fazia excursões para Joinville e, aos 14 anos, pedi para ir. Era meu presente de 15 anos. Queria estar com meu grupo e vivenciar todas as experiências possíveis. Nessa época, estava muito apaixonada e envolvida com o ballet.

Depois disso, fui mais algumas vezes, porém sempre para fazer cursos e assistir danças. Nunca cogitei dançar nos palcos. Achava impossível ser selecionada no meio de tantas pessoas boas.

 

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THE BARD Quantas vezes você foi até o evento?

HELEN RIBEIRO É a quinta vez que vou ao Festival de Joinville. Sendo a primeira vez que vou para dançar nos palcos.

Todas as demais vezes fui muito focada no ballet e, hoje, vou com a ideia mais ampla de aproveitar tudo, fazer cursos em novos estilos, e dançar o samba que é uma vertente da dança de salão que é uma das áreas em que sigo investindo.

 

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THE BARD Qual a sensação de ser selecionada e quais as dificuldades de uma jovem artista para comparecer no evento?

HELEN RIBEIRO A sensação é de que você é boa e capaz e as pessoas acreditam nisso, então: que tal você acreditar também?!

Por ter toda base clássica e fazer ballet praticamente a vida toda, sempre que ia em Joinville sempre estava com olhar exclusivo para essa modalidade (o ballet). No entanto, por ser uma dança para qual de fato não tenho tantas facilidades físicas, sempre achei que nunca seria aprovada (há muita gente boa e é uma dança muito restrita para determinados corpos).

Hoje, tendo a dança de salão como uma das minhas áreas de atuação, acreditei ter mais chances, por ser uma dança popular em que não há tantas restrições para os corpos.

Sendo assim, resolvi enviar o vídeo e, como o resultado demorou para sair, se tornou menor o tempo para juntar dinheiro para ir ao festival.

Então, a grande dificuldade, enquanto artista jovem e autônoma, é arrecadar dinheiro que custeie o básico da viagem, comida, hospedagem e avião.

Por ser um festival grande, tradicionalmente realizado em julho, período de férias, tudo se torna três vezes mais caro. Como artista e professora, ainda não alcancei o salário que mereço e que me permita viver tranquila. Principalmente, após ter ficada um tempo sem poder trabalhar pela pandemia. A classe artista foi muito afetada e ainda estou buscando espaços e oportunidades para fazer o que tanto amo: trabalhar com Dança.

Então, corri contra o tempo para juntar a grana para viajar.

Eu e meu partner implementamos várias formas de arrecadação: rifa, workshop, vaquinha e apresentações em baile.

As pessoas aderiram muito e nos ajudaram bastante. Cada um ajudando um pouquinho e dando muito apoio. Estamos muitos gratos.

 

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THE BARD Como é seu trabalho com dança? Você pode falar um pouco da sua atuação junto a idosos?

HELEN RIBEIRO Sou artista, dançarina, bailarina, professora, coreógrafa, ensaiadora e pesquisadora.

Tenho diversas áreas de atuação.

Danço em eventos, shows, banda-baile, banda de carnaval (Baianas Ozadas), trabalho como personal dancer, coreografo para grupos, valsas de casamento e de debutante (15 anos), solistas e escolas de dança.

Trabalho como ensaiadora de coreografias de escola e pessoas físicas.

E, por fim, sou professora de ballet clássico para iniciantes e corpo de baile no ballet Yara Araújo, em Belo Horizonte, que é a escola em que me formei e minha família do coração. Estou junto com eles desde 2005 e, hoje, além de aluna, também sou professora.

Atualmente, também dou aula de dança para terceira idade em ILPS (instituições de longa permanência para idosos. É um trabalho democrático por trazer uma dança social e possível para todos os corpos.

Por ser formada em Licenciatura em Dança pela UFMG, desenvolvi meu TCC sobre dança e idosos, pesquisa que levo adiante nos dias atuais.

Clique aqui para assistir

Por DANIELA LAUBÉ

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