HISTÓRIA DAS ARTES – A arte e a Inteligência Artificial

HISTÓRIA DAS ARTES – A arte e a Inteligência Artificial

“Para não ser substituído

por um robô, não seja um robô”.

                              Martha Gabriel

 

Recentemente assistir uma matéria sobre inteligência artificial e contemplando o criativo, o artístico por imagens e vídeos, constatei que a arte e a AI andam juntas atualmente. Na verdade, vivemos revoluções, e a arte está sofrendo influências dessas inovações tecnológicas e com certeza teremos que nos adaptar a essa nova tendência. Vemos o mundo artístico, atualmente, se utilizando da inteligência artificial para criar, moldar e transformar suas obras de arte, numa colaboração entre trabalho humano e da máquina. Dentro desse contexto existem diversas ferramentas que permitem artistas explorarem e expandirem sua criatividade por meio da IA.

Vivemos em uma era na qual ela já está inserida em nosso meio sem que percebamos — utilizamos essa tecnologia e aprendemos com ela diariamente. Sendo uma grande aliada, a inteligência artificial está em nossas tarefas rotineiras, nas corporações, na otimização de processos e em sistemas de segurança, sendo reconhecida na saúde e principalmente em atendimentos. Temos um contato direto por smartphones e computadores. De forma desafiadora, a inteligência artificial se expandiu e fez com que os algoritmos pudessem aprender e pensar de maneira diferente que os seres humanos. Por Machine Learning (Técnica que treina computadores para realizarem atividades como seres humanos), a IA, criou aplicações de forma automática.

Dando acesso aos algoritmos e partindo deles, as máquinas desenvolvem sem intervenção humana, relacionado também ao Deep Learning que parte de uma abundância de dados, gerando pensamento e linguagem de um ser humano.

Temos a IA em praticamente todos os processos que realizamos em eletrônicos. Ela está na organização de playlists ou sugestão do que assistir em serviços de streaming,  nas estratégias do computador, nos games, nos processadores móbile e até nas respostas automáticas sugeridas quando você escreve um e-mail.

Mas o que é a Inteligência artificial ou IA? É um conjunto de ciências, teorias e técnicas — incluindo a lógica, matemática, estatística, probabilidades, neurobiologia computacional, ciência da computação — que visa imitar as habilidades cognitivas de um ser humano. Isso implica em perceber variáveis, tomar decisões e resolver problemas. Enfim, operar em uma lógica que remete ao raciocínio.

As ideias relacionadas com inteligência artificial são de bem antes do surgimento da tecnologia, que tornou isso possível. O ser humano sempre quis uma máquina que fizesse o trabalho de agir e pensar que nem ele, e estudos de várias áreas começaram a ir por esse caminho especificamente durante a Segunda Guerra Mundial.  Sua origem foi por necessidade de acelerar processos conhecidos para liberar os humanos a se concentrar em outros pensamentos abstratos. E não dá para separar a origem da inteligência artificial com a evolução do processo computacional. Partindo deste princípio, não podemos deixar de falar de Alan Turing, o grande pai da computação que simplesmente criou a máquina que fez os aliados vencerem a guerra mais rápido.

 A construção de uma inteligência artificial envolve uma série de algoritmos, instruções em código que devem ser seguidas principalmente em Python, bibliotecas abertas com instruções e ferramentas que ditam o comportamento do código e um framework, uma estrutura mais complexa que combina ferramentas e oferece um direcionamento mais prático pra um projeto.

“A inteligência artificial só é uma ameaça para a estupidez natural”.

Caio Carraro Gomes da Costa

 

Inteligência Artificial vem sendo usada para criar obras de arte há décadas. A exposição Cybernetic Serendipity, que aconteceu em Londres em 1968, por exemplo, é considerada a primeira grande exposição a tentar mostrar os aspectos da atividade criativa auxiliada pelo computador, com a junção de arte, música, poesia, dança, escultura e animação. Outro exemplo foi quando, em 1970, o Museu Judaico de Nova York reuniu computadores e artistas conceituais em um mesmo projeto criativo — a exposição Software, classificada como “confusa” nesta crítica do New York Times da época.  Nas décadas seguintes, com o avanço tecnológico, a IA tornou-se cada vez mais sofisticada e os recursos foram usados para criar obras de arte muito mais realistas. 

Alguns artistas se destacam nesse cenário criativo: Robbie Barrat, que usa em todos os seus projetos, de alguma maneira, a Inteligência Artificial e Machine Learning. Utiliza uma rede neural alimentada de dados, como pinturas clássicas, e, em seguida, gera novas imagens. A surrealidade de suas criações chama atenção do publico; outra referência é o artista alemão Mario Klingemann que usa a IA para fazer arte há pelo menos 10 anos, com trabalhos expostos em galerias do mundo todo.

Devemos utilizar a inteligência artificial como uma ferramenta de aprendizagem e não como um método de copiar e colar.

                                                                Eleno Carvalho

 

Diante desse cenário, pode parecer que a arte feita com IA é algo restrito aos artistas de grandes galerias, mas não é bem assim. A técnica vem se popularizando e, recentemente, repercutindo nas redes sociais por um aplicativo que automatiza esses desenhos – o Lensa- que apesar de não ser novo, criou uma função recente – a Magic Avatar. Ao baixar o software no smartphone, os usuários conseguem criar versões de avatar das suas próprias fotos. Uma verdadeira mescla entre selfies, arte digital e Inteligência Artificial.  Apesar da arte feita por IA não ser efetivamente uma novidade, as redes sociais potencializaram a capacidade de serem conhecidas por mais gente.

A relação entre a tecnologia e a produção artística deve continuar se fortalecendo. A tecnologia 5G começou a ser implementada em 2019 em alguns países da Europa, nos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e China. Chegou ao Brasil em 2022 e a expectativa é que a arquitetura de 5G(quinta geração das redes móveis) amplifique os efeitos da conectividade e viabilize ainda mais o uso de ferramentas como IA, Machine Learning ou Realidade Estendida. De certo modo acredita-se que a combinação poderosa entre o 5G e a IA, continuará revolucionando diversos setores da sociedade.

E o futuro? De forma promissora, esperamos que a IA, conquiste cada vez mais seu espaço no mercado, para poder desenvolver novas teorias e surgindo grandes aplicações. Que essa evolução ocorra de forma gradativa atuadas por Machine Learning(área da inteligência artificial (IA) e da ciência da computação que se concentra no uso de dados e algoritmos para imitar a maneira como os humanos aprendem), rede neural (um método de inteligência artificial que ensina computadores a processar dados de uma forma inspirada pelo cérebro humano), Deep Learning(um aplicativo de terceira camada que analisa dados e seus padrões indo ainda mais longe.), computação cognitiva( ferramenta que organiza e processa informações de forma semelhante à mente humana) e no processo de linguagem natural; acelere  o surgimento de oportunidades no mercado, novas soluções e um grande relacionamento com o ser humanos e capacitações.

E quantas novidades ainda tem por vir nessa área, a exemplo temos o   Google Duplex, que é uma inteligência artificial que conversa por telefone, agenda consulta ou reserva mesas em restaurantes. Pode virar algo bem mais completo em conversação, bem mais que outros aplicativos.

E temos também as GANs (Redes Adversárias Generativas (GANs) são arquiteturas de redes neurais profundas compostas por duas redes colocadas uma contra a outra (daí o nome “adversárias”) que são capazes de gerar conteúdos e produzir imagens, vídeos e sons. Empresas como a Adobe vão se beneficiar muito disso em edição nos softwares como o Photoshop.

Essa é a trajetória da evolução da inteligência artificial até agora. Essa tecnologia já é impressionante e essencial para o nosso dia a dia, mas tem muito que evoluir. Para quem deseja conhecer  para expandir seus conhecimento na área  a Udacity é uma das mais renomadas plataforma entre as que oferecem cursos on-line, especialmente os cursos conhecidos como MOOC ( Massive Open Online Course). Os cursos são em inglês, mas muitos têm legendas em português para facilitar o acompanhamento, Vamos Juntos, precisamos evoluir para revolucionar.

Por BETÂNIA PEREIRA

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