MITOLOGIAS E CRÔNICAS – Panteão Grego: A ascensão de Zeus ao Monte Olímpio

MITOLOGIAS E CRÔNICAS – Panteão Grego: A ascensão de Zeus ao Monte Olímpio

Olá, querido leitor, voltei para contar para você sobre o principal panteão grego. Sabemos que a mitologia grega é a mais conhecida e reproduzida em todo mundo, devido a suas histórias fantásticas, porém também quero trazer algumas reflexões sobre como aprendemos tanto com esses deuses e muitas vezes não percebemos isso.

Boa leitura! 

Para prosseguirmos, vamos relembrar como Zeus chegou ao trono.

Cronos na época era o deus supremo, porém temendo que uma profecia se cumprisse e o tirasse do trono, ele resolveu literalmente comer todos os filhos, exceto o mais novo, que sua mãe escondeu em uma caverna.

Após anos de treinamento, Zeus liberta seus irmãos e formam um exército contra o pai. O derrotando e o prendendo no fundo do tártaro.

Se você quiser saber com detalhes como tudo isso aconteceu, é só visitar duas edições anteriores e lá estará com a maior briga de família de todos os tempos.

 

O Panteão grego consolidado

Com Zeus no trono, o panteão grego foi consolidado. Cada deus e deusa tinha seu domínio e personalidade distintos, contribuindo para um equilíbrio que refletia aspectos da experiência humana e da natureza. De Atena, a deusa da sabedoria, a Afrodite, a deusa do amor, cada membro do panteão desempenhava um papel vital na mitologia e na vida cotidiana dos antigos gregos.

 

 

Deuses pelos Deuses

Nas próximas linhas mostrarei um pouco mais sobre cada uma dessas divindades, e lembre-se qualquer semelhança com os humanos é coincidência (ou não)!

 

Hermes, deus de asas

Hermes, era filho de Zeus e Maia, uma das Plêiades. Ele nasceu em uma caverna no monte Cilene. Provavelmente teve que nascer as escondidas por conta da fúria da deusa Hera.

Hermes ficou conhecido como mensageiro dos deuses, da comunicação, do comércio e dos viajantes. Então se a Amazon, atrasar sua remessa de livros é só rogar por Hermes, que chega rapidinho… Ele é frequentemente representado com asas nos pés e um chapéu alado. Também ficou conhecido pelo seu jeito brincalhão, mas também é fiel à sua função como mensageiro divino.

 

Héstia

Héstia, era filha de Cronos e Reia, nasceu no monte Olímpio. Ela é a deusa do lar, da lareira e da família. Tranquila e serena, valorizando a estabilidade e a harmonia doméstica, ao contrário de seu irmão Zeus, que tudo que queria fazer era se esbaldar pelas noitadas e prevaricações com todas as mulheres que seus olhos pousassem. Alguém tinha que ser sensato nessa família.

Héstia é frequentemente representada perto de uma lareira ou fogo sagrado. Ela personifica o calor, a segurança do lar, promovendo a estabilidade nas famílias. Então agora você já sabe para quem pedir para sua família se manter unida e estável.

 

Ártemis, deusa da caça

Filha de Zeus e Leto, irmã gêmea de Apolo, nasceu na ilha de Delos.

Ártemis é a deusa da caça, da natureza selvagem e das criaturas selvagens. Ela é independente e implacável em sua busca por preservar a vida selvagem.

É representada com arco e flechas, acompanhada por uma matilha de cães de caça. Acima de tudo, ela valoriza a natureza e a liberdade, protegendo a vida selvagem e caçando com determinação.

 

Apolo, deus da beleza

Leto, mãe dos gemes Apolo e Ártemis, teve dificuldade durante a gestação, pois sofria perseguição por parte da deusa Hera, já que as crianças eram de Zeus, por isso Leto teve que se esconder na ilha de Delos para dar à luz aos seus filhos.

Apolo é conhecido por sua beleza, graça e habilidades musicais. Ele é também um dos deuses das artes, cura e do sol. Apesar de seu lado benevolente, ele pode ser vingativo quando provocado. Ele também é associado à lira e como usa irmã também tem conhecimento com o arco e flecha. Também é conhecido como o deus da profecia e do Oráculo de Delfos. Apolo é um deus que valoriza a ordem, harmonia e a justiça. E pode ser implacável com aqueles que desrespeitam esses princípios

 

Dionísio: O senhor dos apreciadores de vinho

Dionísio é filho de Zeus e uma mortal chamada Sêmele, Ele nasceu de uma gestação acelerada após a morte de sua mãe, que pediu para ver Zeus em sua forma divina. Depois disso, o bebê Dionísio foi costurado na coxa de seu pai para terminar a gestação.

Ele é o deus do vinho, do teatro e das festas. Dionísio é conhecido por sua natureza extrovertida e pela celebração da vida, contudo também tem seus momentos de explosão, em alguns registros antigos, conta que Dionísio, castigou algumas mulheres por não participarem do culto em sua homenagem, fazendo-as enlouquecer e matar os próprios filhos. Esse é um exemplo claro de beber com moderação.

Dionisio também é a personificação do prazer e da indulgência, promovendo a alegria e a libertação. Ele também foi o único deus, filho de uma mortal, aceito no monte Olímpio.

 

Deméter, deusa dos grãos

Deméter é a deusa da agricultura, da colheita, da fertilidade, do ciclo da vida e da morte. Filha de Cronos e Reia, Deméter é conhecida pelo seu jeito gentil e maternal, mas também está profundamente ligada as estações do ano e as mudanças na terra.

Sua maior motivação, é o amor incondicional a sua filha Perséfone. Seu coração se encheu de tristeza, quando Hades a sequestrou, fazendo com que toda terra se tornasse infértil.

O que a maioria não esperava é que rolou uma síndrome de Estocolmo, por parte de Perséfone, que acabou se apaixonando por seu carcereiro e preferiu ficar no submundo com seu amor.

Como a terra não podia viver sem agricultura e os ensinamentos de Deméter, Zeus resolveu intervir e determinando que seis meses do ano, Perséfone viveria com o marido e os outros seis meses com a mãe e foi assim que as estações foram criadas, no tempo que a filha está com a mãe, temos a primavera e o verão, quando Perséfone está no submundo, temos o outono e inverno.

“Eu não sei quem é pior nessa história, a mãe possessiva e controladora ou a mente da pobre coitada da Perséfone que se apaixonou por seu carcereiro.”  

Mesmo com essas atribulações familiares, Deméter é uma deusa muito importante, pois ensinou os humanos a arte da agricultura e do cultivo dos grãos, especialmente o trigo. Ela era cultuada em vários festivais e rituais, sendo o mais famoso os Mistérios de Elêusis, que eram celebrados a cada cinco anos na cidade de Elêusis, perto de Atena.

 

Afrodite, a deusa do amor

Segundo as lendas antigas, Afrodite nasceu do mar, após o órgão genital de Urano ter sido lançado ao mar por Cronos, ninguém sabe ao certo como isso aconteceu, mas dizem que ela surgiu de uma concha e chegou à costa de Chipre.

Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da paixão, conhecida por ser caprichosa e envolvente. O tipo de pessoa que não aceita um não como resposta. Ela é frequentemente representada com uma maçã, uma pomba ou um espelho. Afrodite tem o poder de influenciar os desejos e sentimentos amorosos dos seres humanos, podendo algumas vezes causar alguma confusão ou amores avassaladores. Ela também é a personificação da atração e sedução, e muitas vezes usando essas artimanhas em benefício próprio.

 

Atena, deusa da sabedoria

Atena, filha de Zeus e Métis (inteligência), ela nasceu da cabeça de Zeus após ele engolir Métis para evitar que ela tivesse filhos mais poderosos do que ele. O medo da história se repetir sempre falará mais alto. Ela é a deusa da sabedoria, estratégia e guerra justa. Conhecida também por sua sabedoria e sensatez. A coruja e o escudo são seus símbolos e em algumas retratações ela carrega uma lança.

A deusa da sabedoria, também valoriza a razão e a lógica, promovendo o conhecimento e a justiça.

 

Ares, o deus da guerra

Ares, filho de Zeus e Hera, pelo menos um filho legítimo, mas que deu não deu muito certo, ao contrário de sua irmã, que apreciava a guerra justa. Este queria apenas ver sangue e corpos mutilados em suas guerras, sua natureza violenta, fazia que alguns deuses não gostassem muito de sua presença.

Em suas representações, ele sempre está com um elmo e lança. Suas maiores motivações são o desejo e a conquista a qualquer preço. Sempre muito impulsivo em momentos de raivas.

 

Heráclito, o protetor dos homens

Heráclito, ou Hércules, como é mais conhecido, é filho de Zeus e a mortal Acmena. Após uma intervenção de Zeus, a Acmena dá a luz ao seu filho na cidade de Tebas. Pois por algum motivo Hércules, entre todos, é o mais odiado por Hera. Hércules ficou conhecido como herói divino, protetor dos homens, por sua força, coragem e proezas realizadas.

“Caso queira conhecer um pouco mais sobre esse herói, faça uma leitura na edição de jan./fev. de 2023. “

 

Hades, o deus do submundo

Também filho de Cronos e Reia, como os outros irmãos, Hades foi devorado pelo pai. Sobre Hades quero trazer alguns detalhes que acredito que vá além do que ele é retratado na maioria das histórias.

Quando Zeus foi dividir os reinos com seus irmãos, Hades foi passado para trás e acabou assumindo o submundo, coisa que nem Zeus e nem Poseidon queria. Porém, mesmo assim, ele assumiu com destreza a tarefa de proteger os portões do submundo.

Apesar de a maioria desenhar Hades como um ser das trevas e cruel, pois controla os que muitos conhecem como inferno, a verdade nunca esteve tão longe disto. Hades, na verdade, sempre foi justo e leal aos seus princípios, apesar de assumir uma tarefa tão pesada, ele sempre foi justo em definir se uma alma iria para os campos Elísios ou se permaneceriam no submundo e pagar por seus pecados e transgressões.

Hades, para manter o equilíbrio e a imparcialidade em seus domínios, ele segue à risca as leis do destino, para que todas as almas que chegue até ele tenha um julgamento justo.

E para muitos que o desdenha, ele também é conhecido como senhor da riqueza, pois o subsolo é rico em minerais preciosos. Ele é frequentemente associado a metais e pedras preciosas, como ouro e mármore

 

Poseidon, o senhor dos mares

Poseidon é o filho mais velho de Cronos e Reia, e como seus irmãos foi liberto por Zeus do estômago do pai.  É conhecido por sua natureza impetuosa e volátil, refletindo a imprevisibilidade dos mares e tempestades que ele governa. Ele pode ser tanto generoso como vingativo, tudo vai depender das circunstâncias. Como seu irmão Hades, Poseidon defende seus domínios com determinação, não importando quem o ataque.

Na Grécia antiga era conhecido por proteger os marinheiros e navegantes, desde que respeitem o mar e suas leis ou sofreriam as consequências nas mãos do senhor dos mares. Quando se trata de suas paixões, Poseidon não é muito diferente de Zeus, seus amores são avassaladores, fazendo que cometa atrocidades irreparáveis, para quem não sabe a Medusa, só virou Medusa devido ao Poseidon, mas isso ficará para uma próxima edição. Ele representa com exatidão a dualidade dos oceanos, calmo e generoso para aqueles que sabem navegar e vingativo e tempestuoso para aqueles que ousam desafiar o seu poder.

 

Hera, a rainha do monte Olimpo

Filha de Cronos e Reia, irmã/esposa de Zeus. A rainha dos deuses, assim como seus irmãos, foi regurgitada por Cronos, quando Zeus salvou todo mundo. Ela agora é considerada a protetora da família e do casamento. Conhecida por sua lealdade ao monte Olimpo e por seus ciúmes por Zeus com suas incontáveis amantes.

A rainha dos deuses, sempre foi considerada uma mulher de um forte senso de dever e honra, porém, seus ciúmes de Zeus às vezes a fez agir impulsivamente.

 

Zeus, rei dos deuses

Zeus é um caso à parte, como já relatei antes, ele é o filho mais jovem de Cronos e Reia e quem salvou todo mundo do pai tirano. Apesar de seu senso de justiça e algumas raras vezes compaixão, seus impulsos temperamentais sempre falaram mais alto. Vai ver aí a relação não ótima com o pai, e teve que ser criado longe da mãe, fez uma bagunça na psiquê do garoto. (pode ser uma pauta para uma próxima coluna).

 

 

Crônica: O Grande Encontro no Monte Olimpo

 

Era um daqueles dias em que o céu se tingia de um azul profundo, que anunciava o verão nos domínios gregos. Os imortais deuses do Monte Olimpo, decidiram celebrar mais uma vez suas divindades.

Zeus, o soberano dos deuses e o detentor do raio é considerado o mais poderoso entre os deuses, estava no aguardo de seus irmãos e irmãs no mais alto cume do Olimpo, com um banquete digno dos deuses.

Atena, deusa da sabedoria, foi a primeira a chegar. Seu olhar penetrante parecia ler os pensamentos mais profundos, e seu escudo refletia a luz do sol, iluminando o Olimpo.

Hermes, o mensageiro veloz, chegou em um raio de luz dourada. Ele trouxe notícias dos mortais e incríveis histórias de como os templos em homenagem aos deuses estão cada vez maiores e cada vez mais os humanos fazem oferendas em nome dos deuses.

Deméter, a deusa da agricultura e das colheitas, trouxe consigo a aura da fertilidade e crescimento. E notícias de como os homens estão cada vez mais habilidosos com o cuidado da terra e plantio.

Hades, o senhor dos mortos, envolto de seu manto negro, emergiu das profundezas do submundo e carregando em seu olhar a complexidade sobre a vida e morte. E foi recebido por muitos beijos e abraços de sua amada Perséfone.

Afrodite, a deusa do amor, exalava uma aura de encanto irresistível, envolvendo todos à sua volta com sua graça e charme.

Poseidon, o deus do mar, chegou com o som das ondas e o aroma salgado do oceano. Seu tridente representava seu domínio sobre as águas.

Ártemis, a deusa da caça, surgiu com um ar de bravura e independência, enchendo os olhos de Poseidon, já que ele acima de todos ama um espírito livre. Mas Ártemis é esperta para cair nas nadadeiras de Poseidon.

Apollo, o deus da música, trouxe consigo sua lira para trazer alegria ao ambiente e encher os ouvidos de todos com notas harmônicas e nunca ouvidas.

Hera, a rainha dos deuses, sua graça era inigualável, assim como sua coroa feita com penas de pavão, que reluziam com os raios de sol. Seu olhar soberano e majestoso era respeitado por todos, ou pelo menos por quase todos.

E para completar a festa e trazer muito vinho, Dionisio, o deus do vinho e da festa. Sua animação era contagiante, era alegria que faltava para completar aquele belo banquete.

Para os mortais, era uma festa magnífica, onde se reunia as principais divindades da Grécia antiga. Assim como para os deuses, a vida dos mortais era engraçada e peculiar e isso gerava incontáveis histórias e boas risadas.

Por LADYLENE APARECIDA

 

                                                                                               

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