Aqui, pegamos raízes que plantamos num alegre dia, da sacada, o mar que se viu pela primeira vez e tristonhas dispersas areias.
No interior da casa a velha contava ao ocaso, da
avançada insegurança na tonteada vida, duas auroras, uma rosa e outra roxa.
No bolso um pente e na boca um dente. Amarrados para não se perderem, ao lenço os dois pensamentos em mente. Às costas crista do rochedo, altas escarpas da ilha antes tórrida.
Amigos conspiraram com as esquinas, enquanto aos portais da vida, pela maçaneta cor ferrugem ao interior viram que fugira.
Palavras balbuciavam dos sentidos enquanto iam as raízes n’água rastejando sobre seixos
Desde então soubera que as sementes são mais alegres que raízes permanentes nos séculos dos tempos.
Podem até subir escadas de mármore mas não avançam às nuvens carraras por furos dos tetos.
Sementes livres voejam, ora nas asas do amor, nos bicos de beijos, copas e ninhos ardentes, até o templo dos sentidos.
Dispersa pelo pólen leva à pele cócegas na graça do despir da arrogância e do cego ego.
Na elegância do rir até chorar fragrâncias e em momentos livres desfazem sérios mistérios.
Passionais cavalgam, no dorso rosas desvairadas, na vida, alegres perdem as sandálias, até mancando correm no movimento que ultrapassou profundezas do tempo nas alegres sementes.
Por RUTE ELLA DOMINICI